POESIA | Ser mãe
Você veio inesperadamente! Quantos enjoos, desejos, mistérios… Seu pai e eu ficávamos admirando a barriga, observando, tentando descobrir em que […]
Você veio inesperadamente! Quantos enjoos, desejos, mistérios… Seu pai e eu ficávamos admirando a barriga, observando, tentando descobrir em que […]
Entre tantos nãos, Te disse sim. Entre tantas lágrimas, Apostei no seu sorriso. E você chegou! Te embalei, cuidei, protegi.
Minhas crianças,Como eu gosto de vê-los brincar.Quando vocês se divertem juntos, quando estão felizes, em momentos simples como esse,é como
Ser mãe é não caber em lugar nenhumE mesmo assim Viver tentando se encaixarÉ deixar de existir como mulherE ser
Filha, a gente navega nas águas uterinas antes de respirar esse ar a expansão e contração do nosso diafragma acontece
Não são mais páginas em brancoNão são, desde que habitamos o mesmo corpo e no meu ventre você cresceuNão são
Essa é minha declaração de amor, carinho e admiração a todas as mães solo.Por todas as noites solitárias, sem ter
Deito-me sobre a espera do amanhã. Permito-me descansar, caso contrário eu não suporto, não suporto o peso, o peso da
Há uma solidão em ser mãe.É estar sempre acompanhada e sem ninguém olhando por você.Nem mesmo você. Há um abandono
Mãe é sagrada!Minha avó vivia dizendo isso.E eu concordo!Mãe de sangue, mãe de coração.Mãe é sagrada!Mas não confunda sagrada com
Antes de a vacina chegarNão esquece quem ficou do seu ladomesmo com seu humor um tanto alterado. Quem te fez
Está difícil de acreditar (ainda)Impossível não se abalarQue estamos aqui novamenteNeste mesmo lugar. E ter que “normalizar” o caosFugir um
Que dia! dia de “bufos!” (você está grá-vi-da!) Segura essa, querida!” vai, anda… canta alguma coisa antes que te sufoquem
Estou cansada das pequenas coisas,de como elas somam e fogem de controle.Esta raiva, este caos,a somatória de todos os medos,EU!O
Menina o que tenho a te dizer me faz chorar porque eu deveria te abrigar e só consigo soluçar eu
Não consigo respirar Dizia o homem negro Com o guarda na sua jugular Não consigo respirar Gritava a jovem negra
Filha, eu não sei costurar Também não botão pregar Sinta uma raiva tremenda Me perco na minha agenda Eu grito
Em homenagem a Elisa, minha caçula que acaba de completar seu primeiro ano de vida. O primeiro ano é surrealUma
O essencial é a necessidade, o restante deixa pra mais tarde Adia, faça depois, talvez amanhã… É sobre se abstrair
Voce já pensou nesta tal maternidade? Dizem que é natural, desde a tenra idade Mas e se você não quiser,
Hoje cheguei no trabalho falando: “se uma mulher ainda não foi chamada de Bruxa, não fez seu trabalho direito”. Foi
Mulher engravidou Qual é o sexo? É menina Que dó Vai sofrer Nasceu muié Com quem será que vai casar?
E eu, tola e sonhadora, que desejava uma casinha aconchegante, pra dividir com o amor da vida e uma criança.