POESIA | Ser mãe

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Você veio inesperadamente!

Quantos enjoos, desejos, mistérios…
Seu pai e eu ficávamos admirando a barriga, observando, tentando descobrir em que hora e como aquela barriga crescia.
Chutes, calor, azia, falta de espaço para você se movimentar.

Havia uma sementinha crescendo dentro de mim.
A minha barriga foi crescendo, crescendo.
Cheia de amor, esperança, ansiedade…
Tantas incertezas…

Me achava linda!
Eu era a escolhida para ser mãe daquele menino ou menina.
Quantas sensações diferentes seu pai e eu experimentamos.

Comprar roupas, decorar o quarto, ir ao médico;
conversar com a barriga, não beber, nos alimentarmos o mais naturalmente possível.
Escrever poesia para você, rezar, agradecer.

Sentir você mexendo, mexendo, mexendo dentro de mim.
Quantas mudanças!!!
Corporais, emocionais, econômicas, sociais, existenciais, religiosas, hormonais…

Um tsunami de felicidade.
Em uma bela tarde de verão, você chegou!
Cheia de luz, como um raio de sol, como uma noite de lua cheia, como uma estrelinha luminosa.

A minha vida nunca mais foi a mesma, passei a ser duas em uma.
Eu em você, você em mim.
Cinco meses depois, engravidei de novo.
E um novo ciclo começou…

As gravidezes, assim como os filhos, nunca são iguais, no máximo, semelhantes.
Aos 33 anos, a minha mais importante missão na terra é ser mãe.
Porque as demais funções são sempre agregadas à função de mãe.
Eu amo ser mãe!


Texto: Maria das Graças Rocha – @mariadasgracas.rocha.9


Revisado por Daiane Martins.

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