Mulheres-mães protagonistas da própria história

O mercado da maternidade

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Vocês já repararam como, de uns anos pra cá, a maternidade está inserida em um mercado que envolve muito dinheiro?

Antigamente fraldas (seja de pano ou descartáveis), roupas, um ou outro item de higiene e um brinquedinho de 1,99 já bastavam para criar um bebê. Hoje, além das roupas para todos os estilos, e das várias marcas de fraldas, temos mais itens de higiene que parecem “necessários”.  

Existem duzentos e trinta e três tipos de mamadeiras e seus respectivos tipos de bicos, mais quarenta e dois tipos diferentes de esponjas para limpar a mamadeira, esterilizadores e aquecedores (ainda tô falando da mamadeira). São bicos de silicone, conchas, pomadas, almofadas, poltronas,  bombinhas para auxiliar a amamentação. 

É porta-chupeta, trocador para cômoda, trocador pra bolsa (ah, tem as bolsas!), retrovisor para carro, cadeirinha, bebê-conforto, carrinho, berço, mini berço, moisés, chiqueirinho, cadeirote, troninho, cama montessoriana, ninho, tapete de atividades, cadeira de balanço, o babador X,Y,Z, a chupeta com bico especial pra tudo.

Lembrei também dos vários tipos de travesseiros disponíveis, lixeira anti-odor (!), ofurô, banheira com suporte, banheira comum, copos de transição, talheres para isso e para aquilo, pratinhos pra chamar atenção do bebê e separar a comida, babá eletrônica, sling/canguru. Sem falar dos brinquedos! Esses nem preciso citar…

Além dos nada baratos cursos de sono, de introdução alimentar, consultoria de amamentação, cursos de educação positiva, etc…

Entendam, não estou desmerecendo o que nos é ofertado. Muita coisa realmente facilita nossa vida. Apenas parei para refletir (enquanto meu bebê dorme em seu carrinho com seu travesseiro antirrefluxo), em como a gente muitas vezes é induzida a gastar com coisas que não seriam tão essenciais, e em como esse mercado têm se tornado muito lucrativo.

Encerro por aqui pois tenho que preparar o quarto com óleo essencial de lavanda e música clássica pro bebê dormir melhor. Até!


Autora: Maria Eduarda, sou mãe do Vitor (3 anos) e do Pedro (3 meses). Instagram: @dudavenassi.

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