Mulheres-mães protagonistas da própria história

Carta de uma mãe preta

Carta de uma mãe preta

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Deito-me sobre a espera do amanhã. Permito-me descansar, caso contrário eu não suporto, não suporto o peso, o peso da estrutura construída sobre mim. Uma estrutura que me desestrutura, uma montagem que me desmonta. Pronta? Não.

Respiração. Inspirar, expirar. Um movimento implicado na necessidade de viver. Nascer para ser.

Ser? Quem? Não sei!

Esperar. Navegar podendo naufragar. Arriscar-se no vazio do não saber. Escrever minha história em meio a rabiscos, me coloca em risco.

Tic tac, tic tac. O tempo está passando, ultrapassando nós. Na minha vivência, ou melhor, na sobrevivência, vou desamarrando nós. Descosturando costuras não pertencentes a mim.

Há entraves para eu não ser quem eu busco ser. Sim, eu sei! É de doer! Ao mesmo tempo, eu sou grandeza, eu crio em mim mesma minhas fortalezas.


Autora: Meu nome e Juliana Santos, tenho 27 anos. Sou uma mulher preta, mães de duas crianças e Psicóloga clínica. @psicojuliana_dsantos 

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