Poesia | Filhos encarcerados
Aqui estão eles Os filhos encarcerados Das mulheres pobres Rotulados de menores infratores Corpos pobres excluídos Do seu Ser, dos […]
Aqui estão eles Os filhos encarcerados Das mulheres pobres Rotulados de menores infratores Corpos pobres excluídos Do seu Ser, dos […]
Ela, a namorada, a esposa, a companheira, a irmã…Ela não é louca!!! ela não é louca!!! ela não é louca…!!!Não lhe deem apelidos
Vaza leite por cima Vaza sangue por baixo Vazam lágrimas repentinas E ainda tem tanto represado Tento externar em poesia
Para algumas mulheres,a maternidade inicia,e assim foi pra mim,ainda no mundo da fantasia. Tudo vem à mente,assim como num sonho,com
A obrigação é a ausência do sentir, sigo sozinha Córpus em extensão do mesmo, partilham das mesmas marcas, colocadas lá
Esse corpo de mulher preta é meuNão é nenhum objetode obscenos desejos secretos. Esse corpo de mulher preta é meuNão
PretaPreta sim! Tenho muito orgulho de mimNasce na terra Eu sou uma flor Minha luz desceu de Marte Eu sou
Onde estámeu coração? Tá no lar,pra ficar. Diamante,vibrante,pulsação. Onde estámeu coração. Tá cápode chegar. Riso,abraço,emoção. Valquíria Carboniéri – Colunista da
Aquela criança ainda lia muito pouco Não tinha o conhecimento da polissemia das palavras Mas ficara encantada e curiosa. Como
Na favela vela.O filho que desviou O filho que roubouO filho que furtouO filho que fumouO filho que traficou O filhou
Você chegou comouma pequena bagagem,para uma mãede primeira viagem. Um embrulhinho quedecidiu sair para o mundo,trazendo à tonameu sentimento mais
Alguém morreu ontem Foi uma despedida nada comovida Gritos e desesperos Agressividade misturada com desejos O orgulho de quem deu
Talvez a maternidade seja isso Um exercício de bordar flores Vai e vem de linha e agulha Aquele ponto que
A noite se encheu de estrelas mortas,estrelas de sombra,filhas, netas, bisnetas de meus antepassados;esposas de Deus, amantes de Maria,penetradas e
Do meu seio fora feito alimentoSinto-me nutrirSou banquete de alma cheiaMesa posta atrás da roupaJorro leiteE afeto… Por Tâmara Ferreira
Setembro chega e nos despertaPara causas relevantesacende o pisca-alertaNão feche os olhos, não se enganeFique de corpo e alma aberta Setembro Amarelo chama a
Ser mãe, não tem jeito certo.Não se define pela criação.Pode ser mãe de filhos legítimos ou filhos de coração. Ser
Há poesia na vida,Quero crer.Há poesia na vida,Hei de ver. E de tanto querer vê-la,Descubro-a nascerDe uma crisálida amarela,No umbral
O amor atrás do umbigo causa Me peguei olhando em meus olhos Me assustei Eu não faço muito, nem fico
Escutei ruído de tiros ao longe e olhei assustada… Não, não eram tiros apenas, mamonas ao sol espalhando suas sementes
Todo dia as 5:30 da manhã o despertador toca Enrolo na cama de um lado pro outro, mas a realidade
Culpada por comerTambém culpada por ficar em jejumCulpada por tomar águaTambém culpada pela desidrataçãoCulpada pelo chorar e pela apatiaCulpada por
Escolhi o AmorCom a maternidade, eu aprendiQue surpresas são bem-vindasAprendizados e obstáculosQue vou driblando a cada diaSer mãe é algo
à tu, minha filhaque por maldição de Evanascente Mulher:desejo coragempara lutar as batalhasque te esperamdesejo forçapara suportar o sítio, o
Não sou psicóloga;Nem professora.Não sou fisioterapeuta;Quem dirá Doutora.Muitos me chamam de sonhadora.Não sei muito,Afinal não sei nada.Se sentimos aquilo que
Meus olhos sangram, santa margarida A inocência quebrada, violada santificada em meio a dor Como continuar? Quem eu sou? Exausta,
Ser entrega,Ser medo,Ser expectativa e sonho. Se deixar levar,Se jogar,Se armar e proteger… Se “ser”,O que puder ser,Como puder ser,Como
De longe eu acompanhavaentre milhares de notíciasque a água invadiu as casasah, meu Deus, que triste notícia pessoas lutando pela
Ser mulher, é ser intensaÉ se tornar imensaPara abarcar o mundo e absorver as suas dores,Remediando em si, os seus
Jo Melo, escritora e editora da revista, lança “Os Cinco Sentidos”, uma obra poética que explora a autenticidade e a