Poesia – Condor

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A noite se encheu de estrelas mortas,
estrelas de sombra,
filhas, netas, bisnetas de meus antepassados;
esposas de Deus, amantes de Maria,
penetradas e lambidas.
Invejei-as,
clamei pelo sêmen divino.
Desnudei-me, santifiquei-me.
Um minuto de silêncio, um sussurro débil,
e renasci como um poema oculto no ventre de uma casa vazia, presa à sombra de um verso nu.
Um dia, talvez, Deus haverá de me comer.

Por Tereza Duzai – @2024du.z

Publicado originalmente aqui.

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