Mulheres-mães protagonistas da própria história

Desabafo

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Aos 27 anos, sou Mãe Solo de um menino de 2 anos. O genitor decidiu que não vai ter contato com a criança até ela ter 4 ou 5 anos. Segundo ele e seus familiares, a criança não irá se lembrar. Em conjunto, ele decidiu que não vai pagar pensão, sumindo no mundo. Justiça? Está tentando intimá-lo há 2 anos. (Defensoria Pública, sou apenas mais um número entre milhões).

Eu me arrependo profundamente de ter sido mãe, inclusive penso o tempo inteiro em morrer. A mulher que eu fui, e que eu poderia ser, morreu no dia em que meu filho nasceu.

Eu não tenho rede de apoio, a minha família não me ajuda, além de não me ajudar, sou constantemente humilhada e culpada.

Sou o tempo inteiro punida por ter um filho. Eu tenho que viver para ele. Eu não posso comer, pois a prioridade deve ser meu filho, eu não posso dormir,  porque eu inventei ter filho, me arrumar então? Talvez quando o meu filho fizer 18 anos. Eu não posso estudar, ninguém vai olhar o meu filho.

Eu escolhi ter filho, a minha vida própria acabou. Toda escolha tem suas consequências e ter filho é escolher parar de viver para si e sobreviver para uma criança.

Camila J.

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