Além do Bebê: A Importância do Bem-Estar Emocional da Mãe

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Quando se fala em maternidade, quase sempre o olhar se volta para o bebê: seu crescimento, desenvolvimento, necessidades. Mas e a mãe? Quem cuida dela? Muitas vezes, a chegada de um filho vem acompanhada de expectativas, exigências e um silêncio sobre o impacto real dessa experiência. Nesse silêncio, muitas mães acabam se sentindo sozinhas e invisíveis.

A maternidade é uma grande transformação. Não se trata apenas de amor e plenitude, mas também de desafios, mudanças profundas e adaptações constantes. 

Saúde mental materna: olhar para a mãe como um todo

Cuidar da saúde mental da mãe não se resume a prevenir transtornos, como depressão pós-parto ou ansiedade. Significa reconhecer suas emoções, validar suas vivências e respeitar seus limites. 

Por que ainda falamos pouco sobre isso?

A idealização da maternidade faz com que muitas mulheres sintam que precisam dar conta de tudo sozinhas. O medo do julgamento e a pressão para serem mães sempre fortes e felizes fazem com que escondam sentimentos, como cansaço, sobrecarga e frustração. A verdade é que ninguém deveria enfrentar isso sem apoio.

Os desafios da maternidade na realidade das mães

  • Exaustão física e emocional: A privação de sono e as demandas constantes drenam a energia e impactam o bem-estar.
  • Pressão por ser perfeita: A cobrança para ser uma mãe sempre paciente e eficiente é irreal e desgastante.
  • Solidão: Mesmo cercadas de pessoas, muitas mães sentem que ninguém realmente compreende suas dificuldades.
  • Mudança de identidade: A maternidade transforma a mulher, e conciliar esse novo papel com quem ela era antes pode ser um processo desafiador.

Cuidar da saúde mental materna: por onde começar?

  • Aceitar o que sente: Nem todos os dias serão bons, e tudo bem. Permitir-se reconhecer isso traz alívio.
  • Falar sobre as dificuldades: Compartilhar sentimentos com outras mães, amigas ou profissionais pode ajudar a aliviar a carga emocional.
  • Ter uma rede de apoio: Contar com pessoas que auxiliam, seja com tarefas ou simplesmente ouvindo, faz toda a diferença.
  • Respeitar pequenas pausas: Cuidar de si não precisa ser algo grandioso; momentos simples, como um café tranquilo ou um banho sem pressa, podem ajudar.
  • Buscar ajuda profissional quando necessário: Psicoterapia e acompanhamento médico são aliados importantes nos momentos mais difíceis.

Olhar para a saúde mental materna é reconhecer que, por trás da mãe, há uma mulher que também precisa de atenção e acolhimento. 

Autor

  • Paula Alves

    Paula Alves é psicóloga de gestantes - CRP04/31469, mãe da Maria Cecília e é especialista em Psicologia Perinatal e da Parentalidade, com mais de 15 anos de experiência. Atua no acompanhamento psicológico de gestantes e mães no pós-parto, além de ser docente em um curso de formação de doulas. Acredita que maternar não deve ser sinônimo de solidão e que falar sobre saúde mental materna é fundamental. No Instagram, compartilha reflexões e conteúdos sobre o tema: [@paula.psiperinatal].

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