No último programa do Altas Horas, o Vladimir Brichta falou sobre o seu papel na novela Amor de Mãe, onde ele e a personagem da @taisdeverdade dormiram juntos na primeira noite que se conheceram e engravidaram.
O ator aproveitou o espaço no Altas Horas para falar sobre o papel que seu personagem faz na novela, onde ele como pai, assume o filho (algo que deveria ser comum) e não só porque é o direito e o dever dele estar naquele local, e sim porque ele quer ser, e entende que precisa estar ali como PAI.
Em seguida, o @serginhogroisman pergunta pra plateia (jovem) quantos deles conhecem meninas que engravidaram, e quantas delas mantiveram a gravidez, e depois compara o resultado quando ele pergunta, dessas gestações, quantas delas os Pais foram presentes! SENSACIONAL a abordagem desse diálogo, porque eu como mãe solo de 2 meninos, fui mãe adolescente, e conheço essa realidade na pele, mas será que outras pessoas já se questionaram como podem ajudar para modificar isso?
Quando você encontra seu amigo que é “pai”, você pergunta pra ele com quem a criança ficou enquanto ele saiu para beber? Ou se a pensão está em dia? Ele sabe se seu filho está bem? Qual sua cor preferida? O que o seu filho jantou? Se ele precisa de roupa? de Fralda?
Quando ainda era “casada” com o pai do Apolo, em um almoço de família, eu exausta tentando almoçar e meu filho com 6 meses agitado no meu colo, quando eu tentava colocar no colo do pai, ele chorava que queria ficar comigo.
Eu comecei a chorar junto, porque eu só queria comer em paz, queria por pelo menos 5 minutos não ser mãe, ou me ausentar da maternidade só pra comer, igual os homens fazem durante a VIDA TODA de um filho, uma mãe as vezes só quer 05 minutos desse gostinho, e sabe o que acontece quando a mãe consegue ter um tempo pra ela? ELA SE SENTE CULPADA. Tudo por causa dessa construção social ridícula onde ouvimos que “O Filho é da Mãe” e foi isso que ouvi naquele dia.
Eu, exausta, perguntei pro ex-companheiro porquê ele não se esforçava para entreter nosso filho, que eu só queria comer em paz, e uma pessoa da minha família me disse que “o filho era da mãe” e eu deveria aceitar e viver com isso… FICA DE REFLEXÃO.
Autora: Sou Lua Maria, moro em Curitiba, tenho 22 anos, e sou mãe solo do Apolo Valentin (2a+9m) e do Gael Eduardo (25 dias), sou profissional Nail Artist (@luanovastudio.cwb), poeta, rapper ativista e compositora (@luamaria.art) em minhas letras falo sobre maternidade solo, violência obstétrica e machismo.