Diários de uma mãe solo em (pós)pandemia
Maternar é gerenciar conflitos com 3 reais, cola de silicone e muita paciência.
Maternar é gerenciar conflitos com 3 reais, cola de silicone e muita paciência.
Este relato é uma escrevivência, no sentido proposto por Conceição Evaristo (2019): uma escrita que emerge da carne, da memória e das dores que marcam a existência da mulher negra.
Acredito que a mãe que aprende a surfar no caos se respeita, se acolhe e valoriza cada pequena vitória.
Foi necessário renascer mãe para compreender o amor na sua plenitude.
Mudança de cidade, de prioridades. Nova escola. Acolhimento. Crianças crescem. Novas demandas. Cachorros envelhecem (rápido demais). A urgência de aproveitar os dias. Vencer o cansaço. Paciência. Resiliência.
Olhar para a saúde mental materna é reconhecer que, por trás da mãe, há uma mulher que também precisa de atenção e acolhimento.
A culpa pela ausência paterna ainda recai sobre as mães solo, enquanto a sociedade naturaliza a irresponsabilidade dos homens e perpetua a sobrecarga feminina.
Eu agradeci por anos o ótimo pai que eu tinha escolhido para os meus filhos. No momento que tomei a
“Tá” grávida? Vai ser normal ou cesariana? Parto normal? Tem que ser doida em querer sofrer. Parto cesariana? Mas o
Hoje a exaustão da maternidade solo bateu por aqui; bateu e ricocheteou com culpa. Acordei assustada. Estava de costas para
É, ontem eu sentei e chorei como se fosse criança, de novo. Ouvi uma criança dizer que não quer ir
Resolvi escrever. Achei prudente. Não, na verdade resolvi escrever, pois estou desesperada mesmo. Tenho lido e ouvido vários relatos de