Sou apenas um ser de 27 anos com tantas responsabilidades, vamos começar:
De uns meses pra cá, me relacionei com uma pessoa e, sim fui tão eu, contando todos meus detalhes de viver, contando minhas correrias do dia a dia sorrindo e como já dizia minha amada Pitty aproveitando cada segundo antes que virasse uma tragédia e foi exatamente isso que aconteceu!
Há 4 anos que eu não sabia mais o que era tomar um banho demorado, comer devagar e interagir e conversar sobre diversos assuntos que não fosse a maternidade, conheci uma pessoa que me proporcionou tudo isso em 1 mês. Solteiro, sem filhos, morando sozinho e sim me apaixonei pelo simples fato de ele se importar com coisas que a minha família nunca se importou, meu “bem-estar”.
Me apaixonei pelos detalhes, desde ele me deixar a passar bastante tempo no chuveiro a ele não me deixar fazer nada e me carregar do banheiro pro quarto porque só queria que eu aproveitasse, mas esse conto de fada acabou e o boy simplesmente se afastou e me disse que eu tinha muitas responsabilidades e eu fiquei em estado de depressão, me sentir rejeitada, me questionei tanto sobre o motivo… Como assim? Desde quando minhas responsabilidades são pontos negativos?
Há 4 anos que eu não sabia mais o que era tomar um banho demorado, comer devagar e interagir e conversar sobre diversos assuntos que não fosse a maternidade, conheci uma pessoa que me proporcionou tudo isso em 1 mês. Solteiro, sem filhos, mora sozinho e sim me apaixonei pelo simples fato de ele se importar com coisas que a minha família nunca se importou “meu bem-estar”.
Me apaixonei pelos detalhes, desde ele me deixar a passar bastante tempo no chuveiro a ele não me deixar fazer nada e me carregar do banheiro pro quarto porque só queria que eu aproveitasse, mas esse conto de fada acabou e o boy simplesmente se afastou e me disse que eu tinha muitas responsabilidades e eu fiquei em estado de depressão, me senti rejeitada, me questionei tanto sobre o motivo… Como assim? Desde quando minhas responsabilidades são pontos negativos?
Estava tão feliz. O que aconteceu? Na verdade, não sei nem explicar, mas logo me reergui e li que não importa o quão interessante você seja, você nunca será suficiente para alguém que não sabe o que quer!
Eu sou isso. Essa mulher que também é mãe solo de uma criança autista e que sim, tenho muitas responsabilidades o que me faz amadurecer cada dia em relação às minhas tomadas de decisões, eu sofri e chorei, mas a cada choro, ia falando pra mim o quanto eu sou incrível, ai comecei a fazer terapia.
E a verdade é que ninguém fala dessa carência das mães solos, se eu tivesse toda uma rede de apoio eu não teria me apaixonado por esses detalhes que sempre me fizeram um diferencial enorme.
Desde que virei mãe e desde que descobri o autismo na minha vida, eu sempre dou valor para cada minuto de sono, para cada banho sem correria, para cada refeição feita sem ser as pressas, é muito difícil quando procuramos rede de apoio em pessoas que acabamos de conhecer, porque elas não sabem a proporção de um gesto simples pra quem está muito exausta.
Por fim, são frustrações que me fazem entender que vem muita coisa pela frente ainda, que o amor sempre vai ser uma barreira a ser quebrada não por mim mas pelo outro. E é apenas isso.
Autora: Jéssica Dias, 27 anos , mãe solo do Henry Joaquim. Quando estou transbordando milhares de sentimentos sento em frente ao meu computador e escrevo. Me alivia!