Tenho pensado nisso há vários dias, já adianto que não encontrei respostas, mas gostaria de iniciar uma discussão entre nós e quem sabe encontrarmos um caminho de sermos fortes juntas.
Meu ponto de partida veio de uma pergunta que me pareceu ser simples: quando eu me tornei uma mulher forte? E pensando bem não é tão simples assim de responder. Eu não me tornei forte, eu sempre precisei ser, e com o passar do tempo, as pessoas (todas elas) que sabem o quanto sou forte imaginam que não preciso de nada.
Afinal de contas, sempre resolvo tudo. Palavra de ânimo? Tenho. Ser a frente do meu tempo? Sou. É bem informada? Sim. Estuda? Muito. Trabalha? Mais do que deveria. Cuida da casa, do filho e do marido? Até demais. Ajuda nas tarefas escolares? E como. Paga suas contas? O sonho era não ter conta para pagar. Ajuda quem precisa? Sim, e as pessoas me pedem favores como se eu não tivesse estudado para fazer o que faço.
Mas acredito que o problema está aí, ser multitarefas, está sempre disposta, ter sempre um objetivo, uma causa, algo para conquistar, e isso transparece que você pode conquistar o mundo e não precisa de ninguém. Sou esse “mulherão da porra” mesmo, equilibro minha vida pessoal com a profissional quase como uma malabarista, desempenho vários papéis, mas isso não me torna menos humana, isso não me faz ser a dona da razão, não quer dizer que todos os dias são bons, que estou sempre disposta, que não tenho problemas, e pasmem muitas vezes, não sei como resolvê-los.
Erro como mãe, como filha, como esposa, como mulher, as vezes dói mais, as vezes menos, e defini que meu único objetivo é viver um dia por vez, tentando ser melhor que ontem e estendendo a mão a outras mulheres que passam a mesma pressão, sinta-se abraçada, não somos máquinas, não temos que dar conta de tudo, e tá tudo bem!
Por mais que você se sinta só, apesar de fisicamente estar, saiba que há milhares de mulheres se sentindo como você, só precisamos nos encontrar.