Mulheres-mães protagonistas da própria história

A força e o materno

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Fui mãe pela primeira vez em 20 de janeiro de 1989. De uma jovem universitária, frágil, chorona, vaidosa, cheia de si e insegura, tive que aprender a ser mãe, mulher, protetora e zelosa.

10 de maio seria meu aniversário; um dia depois seria o meu primeiro Dia das Mães.

Era para ser um dia super especial, cheio de alegria, almoço, presentes, flores e visitas. Mas como festejar o dia das mães se você perdeu a sua mãe recentemente? Tinha exatamente uma semana que a minha mãe havia falecido!

Foi um dia que chorei muito, tive dor de cabeça e não quis receber ninguém. De repente, uma catarse ocorreu em minha vida. Olhei para minha filha em meus braços – eu amamentava-a. Ela estava completamente molhada de lágrimas. Então, percebi o quanto minha filha era indefesa e precisava de mim, dos meus cuidados e da minha proteção.

Foi naquele momento também, que me dei conta de que minha mãe continuava viva em minha filha. Porque aquele bebê simbolizava a continuação da família. Foi por amor à minha mãe e minha filha que superei a dor mais forte e triste de toda a minha vida: a dor da morte.

Hoje, 33 anos depois, muitas vezes me vejo repetindo os mesmos atos que minha mãe. Esse amor transcendente infinito, imortal e divino – o amor de mãe -, me ajudou a suportar a dor da morte. Minha mãe vive em mim, até hoje!

Por: Maria das Graças de O Rocha. Mãe, casada, advogada, professora, poetisa, contista, 58 anos, amante da natureza, e da Cultura Nordestina. Instagram: @mariadasgracas.rocha.9.

Revisado por Luiza Gandini.

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