A amamentação poderia ser algo natural e instintivo, mas não é. Para se ter sucesso é necessário muita informação, paciência, persistência e tempo, algo que não é permitido às mulheres.
Meu filho, como quase todo recém-nascido, teve obstrução nasal. Isso aliado a minha falta de experiência e o pós-cirúrgico que dificultaram inicialmente a amamentação e foi necessário a complementação. Mas continuei persistindo e consegui amamentá-lo exclusivamente.
Já em casa, meu bebê começou a “brigar” com o peito, mamava e chorava e a solução foi observá-lo para ver se tinha algo que o incomodava, fralda suja, frio, calor, cólica, etc e percebi que não era nada! Só me acalmei, confiei no meu corpo e continuei.
Então, comecei a sentir muita dor no bico do peito e novamente a solução foi observá-lo para ver se a pega estava correta e como estava persisti, após uma semana continuei sem dor.
Então ao ir à pediatra constatou-se a demora em ganhar peso e várias teorias surgiram. Continuei amamentando na rotina de livre demanda, ou seja, toda vez que chorava, colocava ele no peito.
Descobri que para o bebê o seio materno serve não só para a nutrição, mas para acalentar, soluço, cólica, frio, calor… tudo! Portanto, busquem informação, confiem no seu corpo e dediquem-se que o resultado compensa tudo. Filhos fortes, saudáveis e mamães cansadas, porém contentes e realizadas.
Texto: Lorena Souza, mãe de Joaquim, Arteterapeuta Junguiana (Terapeuta das Mães Atípicas).