Mulheres-mães protagonistas da própria história

Um pouco da minha maternidade real

Um pouco da minha maternidade real

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Ser mãe de adolescente é uma tarefa complicadíssima. Como lidar com a liberdade e o limite? É impossível para um ser humano saber a dosagem certa. Nós mães, às vezes, pecamos pelo excesso.

Tive muito medo quando os meus filhos ficaram adolescentes, que eles se envolvesse com drogas, com bebidas ou tivessem más condutas. Eu sou professora e trabalhava 60h, ou seja, três turnos. Tinha que deixar meus filhos apenas com as pessoas que trabalhavam em minha casa me auxiliando nas tarefas domésticas. Ou, às vezes, com minhas irmãs.

Acompanhava as tarefas escolares e da casa por telefone, por bilhetes deixados na mesa, com atividades extras, e correções da atividades escolares. Sobrava pouquíssimo tempo para o lazer. Eu costumava fazer especializações e cursos de aperfeiçoamento nos finais de semana. Mesmo assim, nunca deixei de participar das festas escolares, reuniões de pais, exposições e feiras.

Hoje, me pergunto se fui uma boa mãe para os meus filhos, infelizmente eles não responderam essa indagação. O que eles sentem e pensam da infância não sei, mas filho de professor é assim mesmo. Nós, professores, abandonamos os nossos filhos para cuidar e educar os filhos dos outros. Entretanto, estou satisfeita com as pessoas especiais que eduquei, uma é empresária do ramo da Estética, o outro é Engenheiro mecânico e a Caçula fez Designer de Moda.

Entre mortos e feridos salvaram todos.

A participação masculina na educação dos filhos há 32 anos era muito pouca, ainda bem que a sociedade está mudando e algumas mulheres estão tendo menos responsabilidade sobre os seus ombros.


Autora: Maria das Graças de O. Rocha, funcionária pública, professora, advogada, escritora, poetisa, casada 58 anos, mãe 4 filhos, sendo 2 biológicos. Instagram: @mariadasgracas.rocha.9.

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