POESIA | Severina do Sertão 

POESIA | Severina do Sertão 

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Passada a bela Severina
Que tão pouco da vida lhe serviu,
Fez na terra mantimento 
E na família fez plantio,

Óh, querida Severina
De tanto as mãos calejadas,
Serviste seu povo com a alma
E aos sertões com sua enxada,

Trataste seus filhos a pão
Deste-lhes o que comer,
Ceifava as ervas da vida
Sentia a dor lhe arder,

Mas sabia que a passarada
Amanhecia a lhe dizer,
Que a vida corria ao lado
Dos que sabiam vencer !

No sofrimento do seu sertão
Pedia a Deus pela chuva,
Bradava seu pranto em vão
E logo ficaste viúva,

Com os filhos de braços dados
Só tu mesma se bastava,
Sabia que homem nenhum
Nesta vida lhe faltava,

Foste tu, nobre Severina
Que na história escreveste o nome,
As veredas são sua sina
Bem-aventurança era seu sobrenome !



Autora: Alessandra Lopes – Instagram: @alelopesdiary.


Texto revisado por Cristiane Araújo.

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