POESIA | Brincando com a música

Zach Vessels RWxMfj9y0F4 Unsplash 1024x576

Disse o poeta:
Todo dia ela faz tudo sempre igual.
Hoje não. Os tempos mudaram.

Hoje, ela trabalha, malha, cuida dos filhos, ou não.
Estuda, denuncia a violência doméstica, se ama, fica só.
É dona de si.

Entra em crise, engorda, emagrece. Sepulta padrões!!!
Ninguém é seu dono, ela se curte, se aceita, se ama.
Quem disse que ela faz tudo sempre igual?

Ela já fez tudo sempre igual, no passado. Calou-se, aceitou.
Hoje, ela dança, se expõe, diz o que quer e como quer.
Cansou de esperar no portão. Esperar cansa.

Abandonou os alisamentos, adotou variados looks,
Black, tranças, megahair, perucas… loiros, ruivos, pretos, grisalhos…
Põe, tira cabelos, tatua.
Mexe, remexe, fica nua, veste-se, informa, instrui, compartilha.

Faz daquele jeito, livre, leve e solta. Amélia morreu!!!
E a santinha perdeu o juízo. Adeus, mulheres de Atenas!!!
A educação as libertou.

Agora, ela escolhe se quer ser Maria Madalena, santa ou não.
Viva!!! Leila Diniz, Chica da Silva, Joana D’arc, Marias, Ângelas, Roses, Ritas, Rosângelas…


Autora: Maria das Graças de O. Rocha, funcionária pública, professora, advogada, escritora, poetisa, casada 58 anos, mãe 4 filhos, sendo 2 biológicos. Instagram: @mariadasgracas.rocha.9.

Texto revisado por Daiane Martins.

Autor

Deixe um comentário

Rolar para cima
0

Subtotal