O carro arranhado ainda pode te levar longe

O carro arranhado ainda pode te levar longe

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Já iniciei esse texto diversas vezes, pensei e repensei como escrever esse fato.

Eu só quero te dizer que as coisas são mais fáceis quando percebemos o tamanho da nossa força.

Digo isso, pois dirijo há 8 anos, mesmo não gostando e morrendo de medo. Porém, no último dia das mães percebi que tudo em que estava vivendo, comandar um carro era sem dúvida a tarefa mais simples que tive naquele dia.

Dia confuso, em que meu coração estava apertado, uma vontade de chorar. Um dia que meus planos não deram nada certo.

O bolo que comprei para o almoço em família não saiu da geladeira, o “parabéns pra você” ficou instalado na garganta, dia que meu filho não parou em pé de tanta febre e com a recém-nascida que queria minha atenção a todo instante.

Já era noite, quase 22 horas, tudo que consegui fazer foi dar um abraço no aniversariante do dia, afinal ele também estava num dia difícil.

No trajeto de volta, parada no farol, ouvindo um MPB qualquer, me segurando para não chorar enquanto dirigia, percebi que naquele instante eu era somente eu, Mariana. Não era mãe, nem filha, nem esposa, nem profissional. Era eu e o volante do carro.

De tudo que tinha feito até aquele momento, dirigir era o mais fácil. Que meu medo era coisa à toa perto de cada decisão que tinha que tomar, a todo instante, naquele dia.

Muitas vezes esquecemos de nós, quem somos e da nossa capacidade em meio a tantas demandas, inseguranças e desafios.

Mas permite-se olhar para dentro e ver a mulher (que também é mãe) e reconhecer sua trajetória, suas conquistas e principalmente sua identidade.

Lembre-se: antes de qualquer papel social, você é uma pessoa incrível, potente e capaz de ultrapassar qualquer desafio.

Não se esqueça que o volante da sua vida está nas suas mãos e por mais arranhado que o carro possa estar ele ainda pode te levar longe.

Por: Mariana Ferreira Eloi Onofre
Revisão: Vanessa Menegueci – @elasoqueriaescrever

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