Mulheres-mães protagonistas da própria história

POESIA | Por onde começar?

POESIA | Por onde começar?

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Por onde eu não sei, só já sinto a culpa batendo na porta.
Por que estou escrevendo isso?
Porque a escrita me alivia.
Preciso pôr pra fora.

Um dia que começou às 7h. Exaustivo. Alegre. Estressante. Com amor.
Terminou como um tornado.

Amamentar a toda santa hora é puxado! Meu Deus, até quando consigo aguentar?
Choro. Gritos. Mamãe, mamãe. Não, não.
Colo. Mamá. Comida. Tv. Celular. Não sobe. Vai fazer dodói. Choro. Sono. Água. Roupa. Tv. Choro. Banho. Boneca. Sono. Choro.

Esse último foi meu. Não aguentei.
Injustiça? Coisa da natureza?

O pai não acalma.
O pai não amamenta.
O pai não dá remédio e nem limpa o nariz.
O pai dorme a noite toda.

O pai não tá aqui pra dar colo e nem tempo de brincar de esconde-esconde.
O pai não inventa brincadeiras para distrair.
O pai não chora de desespero.

Ele está perdido?
Eu, sobrecarregada!

Filho é de mãe?
Foi o presente mais lindo e divino que ganhei. Mas tem dias…
Tem dias que é sufocante.
Desgastante.
Estressante.
Aqui um amor e cansaço que transbordam.

Obrigada, filha.
Me desculpa, filha.
Termino me arrependendo.
Estou sendo cruel e ingrata?

Meu Deus!
Por que estou escrevendo isso?

Por: Mayara Morais – @a.mayaram.cardoso
Revisão: Vanessa Menegueci – @elasoqueriaescrever

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