Estou aqui pensando como tem sido ser mãe. Pensar, não é bem novidade, porque penso o tempo todo (risos). Não é uma tarefa fácil, mesmo tendo desejado ser mãe. Há dias que me sinto sobrecarregada, que sinto que não sei bem o que estou fazendo. Alguém por aí sabe?
É um processo solitário, mesmo que compartilhado com outras mulheres, sejam elas mãe ou não. Essa coisa de instinto maternal versus responsabilidade, às vezes, dá ruim e eu fico ali na linha do meio.
Não sou uma mãe racional, sou puro instinto, mas o conhecimento me ajuda bastante. Ontem no final da noite minha filha chorava dizendo “nem tudo é signo mãe, às vezes é só minha personalidade”. Eu chorava junto e dizia: “tudo bem filha, eu amo sua personalidade aquariana.” (risos).
Entre choros e risos, vou sendo mãe da Giulia. A mãe que posso ser. Não sou igual a minha mãe, mas já me vi repetindo muitos gestos, palavras e meu colo sei que é bem parecido. Nem parecida com a mãe que é minha irmã.
Não sou, tampouco, semelhante a qualquer amiga-mãe. A maternidade é singular, nem melhor, nem pior, apenas diferente.
Quando Giulia fez 12, eu também me percebo me redesenhando. Não sou mais a mãe de um bebê. Nem de uma criança. Sou mãe de uma adolescente que está construindo quem ela é.
Entre erros, acertos, frustrações, decepções e muito amor, eu vou no desafio. Entre a maternidade da foto e a real existe uma distância de um milhão de filtros. Parece que o ato de parir é para vida toda.
O que sei é que entre diferenças e semelhanças de ser mãe, só a maternidade nos dá a dimensão do que é educar um ser humano, ver crescer, suas escolhas, suas angústias, seus caminhos, vê-los amando e sendo amados.
A maternidade real é ter consciência de que nem todo mundo, muitas vezes, poucas pessoas, podem amar seu filho, mas você vai estar lá, amando continuamente. E seu sono, suas preocupações, até mesmo seu respirar não será mais o mesmo.
Ser mãe é estar em constante processo aprender a amar.