A mãe que ligou a televisão e botou o menino na frente, só pra ter um segundo de paz. Já fui.
Aquela que chorou de cansaço e, mesmo que por um segundo, desejou uma vida sem filhos. Todas já fomos.
Admita que você já foi a mãe que gritou: “O que tiver no chão vai pro lixo”, “Sai daí, menino”, “Para de chorar agora”, “Eu não aguento mais”.
Quem aí já deixou o filho no celular mais tempo do que deveria, só para poder tomar banho sem alguém batendo na porta, gritando e chorando?
Quem permitiu que o filho dormisse sem tomar banho e/ou escovar os dentes com preguiça do ritual, do choro e do desgaste que envolveria?
Qual foi a mãe que nunca respirou aliviada quando as férias escolares terminaram e quando chegou o final de semana deles irem para a casa dos avós? Você não?
Vai dizer que você nunca precisou sair de casa um pouco para respirar e lembrar quem era, além da maternidade?!
Vai negar que um dia você já cansou de amamentar, ficou enlouquecida por causa da privação de sono ou não estava com vontade de cozinhar para ninguém?!
Eu também já. Acredite, todas nós!
Um dia me perguntaram como eu dou conta de tudo. Casa, filhos, trabalho, aspirações pessoais… A resposta foi simples: eu não dou. E reconhecer isso é libertador!
Quem vende uma vida perfeita na Internet está enganando você!
Portanto, mulher, queime a capa de vez em quando. Aceite sua imperfeição e reconheça sua humanidade. A maternidade é uma eterna queda de braço entre o ideal e o possível.
Faça seu melhor, nas condições que você dispõe e não se culpe.
Há dias em que até a “Mulher Maravilha” tem o direito de estar cansada. Somos super mães, mas somos reais.
Perdoe-se.
Autora: Mariana Massoud – Mãe, mulher, Psicóloga, Doula, em eterna construção. Insta: @supermae_da_vida_real
