Por Rafaella Damasceno -@rafageorgiad
Me comunico com minha filha por meio de todas as linguagens de amor: toque, palavras de afirmação, presenteio e garanto tempo de qualidade como ela gosta.
Não me relaciono assim com todo mundo. Será que existe um hiato onde sabemos e interiorizamos a suficiência do que somos capazes de realizar? Algo que foge da comparação, não abre espaço para a culpa e não nos força além do limite salubre?
Tenho investigado esse campo e confesso que é libertador. Confesso também que ainda não consigo mantê-lo conscientemente por muito tempo, falo do sentimento, mas com um só pensamento racional/operacional, eu o acesso.
O pensamento é o seguinte e soa quase como universal: faço tudo, tudo, tudo o que está ao meu alcance. Não sei se excelente, se faço a mais ou de menos. Aos olhos de quem? Mas esse tudo tem me preenchido com satisfação, com possibilidade de soltar. De apenas continuar a ser e confiar. Não no sentido haribol, mas buscando mesmo uma forma de maternar com respeito por ela e por mim.
Li que o que ela vai lembrar lá na frente é a minha disposição em amá-la, a troca de olhares, o cuidado, a entrega. E se for? Você entrega algo para além das necessidades básicas? Então, será possível que todo o resto não precisa estar entrelaçado com preocupações de algoz?
Revisão: Gisele Sertão – @afagodemaeoficial