COLUNA | Ponto de encontro: o poder da comunicação e da empatia – Marô Camargo

COLUNA | Ponto de encontro: o poder da comunicação e da empatia – Marô Camargo

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Onde foi parar a nossa intimidade? De repente vocês se olham e não se reconhecem mais. De repente tudo fica tão distante. De repente as conversas são frias, burocráticas, girando somente em torno das coisas práticas da vida, como uma lista de tarefas interminável. Quem busca o filho na escola? quem pega a roupa na lavanderia? quem lava a louça? quem faz o jantar? Sexo então, nem se fala mais nisso.

A gente começa a desacreditar da possibilidade de manter a chama acesa com tanto problema, tanta preocupação e tanta conta pra pagar. A gente começa a duvidar do casamento, a questionar tudo…será que chegou ao fim? Será que acabou o amor? Será que ainda dá certo? 

É justamente nesse momento de crise que surge uma pergunta poderosa: Onde está o nosso ponto de encontro? Toda crise significa perigo ou oportunidade, é aí que entra em cena o poder da comunicação e da empatia!

O primeiro passo é olhar para mim, o encontro comigo mesma. Quem sou eu depois que virei mãe, do que eu gosto, o que eu sinto, quais são as minhas necessidades, o que me faz feliz, o que me dá prazer?  A partir desse exercício interno é possível olhar para o outro com um pouco mais de compaixão e empatia. Cada pessoa é um mundo à parte, com seus problemas e desafios, não é porque estamos juntos que sabemos tudo do outro, é preciso comunicar tudo isso.

A comunicação é a nossa poderosa habilidade humana de tornar comum, partilhar, é o que torna possível o encontro. 

Será que ainda faz sentido essa relação? Se a reposta for SIM, então vamos sair do jogo da culpa para jogar frescobol, levantar a bola para que o outro consiga pegar e não dar aquela cortada para derrotar o outro. Vamos nos re-encontrar. A gente marca um encontro na agenda! Cola na geladeira um lembrete bem grande: PONTO DE ENCONTRO!

A gente revisita os lugares que nos trouxeram até aqui, as histórias, a gente volta naquela praia distante onde a gente se conheceu, a gente dá um jeito e chama a avó, a tia, o vizinho para cuidar das crianças e faz aquela viagem de amor! A gente se lembra de namorar, de olhar para a lua, de ficar junto, só nós, sem filhos, sem cachorro, sem ninguém. 

O sexo depois da maternidade precisa de uma comunicação forte e autêntica, que consiga enxergar para além da situação atual, que consiga ouvir além das palavras. Uma linguagem que busca a conexão, o olhar perdido, o toque esquecido, o contato que ficou distante. 

A partir desta disposição para amar de novo, para transar de novo, para conversar com sentido, o amor aparece, a conexão volta, a gente se lembra do prazer de estar junto. Todo dia é um recomeço! Que tal jogar junto? Que tal chegar junto?!

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