Mulheres-mães protagonistas da própria história

Sintomas de um amor imensurável – Pai – Ana Cláudia

Sintomas de um amor imensurável – Pai – Ana Cláudia

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Semana passada foi dia dos pais e passamos o dia, pela primeira vez, sem ele.

Um pai, um avô, um homem, um ser humano com acertos e defeitos.
Um pai que nunca fez questão de ser super herói, mas sempre fez questão de ser a melhor pessoa que nós já conhecemos. Perdemos um pai, um marido, o amor da vida da nossa mãe, o amor das nossas vidas.

Dizem que a morte é, na verdade, transformação e assim venho tentando acalmar meu espírito quando pede socorro, quando aclama por uma explicação de como poderemos viver nesse mundo sem a presença física do meu pai. Pai, meu pai, nosso pai, pai dos meus filhos (são três viu?).

Repito a palavra pai, pois não é pra todos. Pai de certidão, pai de DNA, pai de papel, esses são muitos. O meu pai foi pai e sempre será o melhor pra mim. Passei recentemente pela experiência da minha filha mais velha que tem um pai de DNA, sofrer. Aquele sofrimento, sem entender o motivo. (Dois anos apenas um anjo).

Um anjo que recentemente descobri que tem uma síndrome chamada de Marfan*. Tratável, mas sem cura. Um anjo que vem me ajudando a catar meu caquinhos. Ah pai como sinto sua falta, como sentimos. Sua força, energia, vontade de solucionar tudo em sua volta! Com seus netos então…

Pai, é por você que eu nunca vou desistir, é por você que estou levantando e dizendo para os meus filhos que juntos nós podemos e vamos. Enquanto me sinto inteiramente no papel de mãe e pai da minha filha, me sinto mais forte ainda por isso. Porque você pai, me ensinou que nunca podemos olhar pra trás, que eu sua binha, sou retada e que, nós mulheres, somos tudo.

Então manas, mães, mulheres, sejamos mais! Vamos nos olhar no espelho, quem sabe, chorar e levante a cabeça de novo.

Lute, grite, honre. E para meus filhos, minha mãe e minhas irmãs: eu posso, eu vou, eu consigo.

*Sindrome de Marfan é uma desordem do tecido conjuntivo caracterizada por membros anormalmente longos.

Autora: Me chamo Ana Cláudia, tenho 28 anos sou mãe de 3 filhos, 2 de um pai, e a mais nova de outro. Recentemente descobri que a mais nova tem Síndrome de Marfan. Perdi meu pai há um mês e estamos na Luta. Atualmente moro com minha mãe e estou tentando mostrar um pouco da minha história.

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