Mulheres-mães protagonistas da própria história

COLUNA | O adjetivo “mãe” toma conta da mulher

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Quando você se torna mãe, essa palavra, pequena, vem antes de tudo na sua vida – aos olhos sociais.

Parece que nunca mais vão se referir a você como “a mulher”. A primeira coisa que te adjetificam quando vão te elogiar, parabenizar ou até te apresentar pra alguém é “a mãe”.

Ora, se aos olhos sociais, nos tornamos antes de mais nada mães, pra onde vai a mulher? Reparo isso não só comigo, mas com tantas a minha volta. E pode parecer até uma besteira, algo simples e ingênuo, mas na simplicidade a gente consegue observar a ação do inconsciente.

E nesse caso, falo de todo um inconsciente coletivo e de um sistema que defende que mulheres cada vez mais sejam diminuídas. E apesar de tentarem em outros espaços, enquanto a mulher ainda não é mãe, hoje a realidade é de bem mais autonomia, mesmo que as desigualdades ainda existam.

Só que quando você virá mãe, trabalho “fora” ou “dentro” a realidade ainda é a mesma dos moldes e estruturas sociais de quando essa sociedade foi fundada. A casa e os filhos, mesmo que de uma forma sutil, recaem sob nossos ombros e viram demandas maiores do que possamos imaginar.

A diferença, é que a mulher moderna trabalha, se exercita, quer ter vida social, quer estudar além da casa e dos filhos. Nem sempre é possível conciliar todas essas demandas justamente por esse inconsciente coletivo achar e fazer a gente achar que nasceu um filho, a mãe passa na frente da mulher. É preciso romper com isso. É preciso impor limites nessa mãe, que é apenas mais um papel de uma mulher multifacetada que existe em todas nós.

Aos poucos me deparo e realizo essa realidade e o quanto desse inconsciente há em mim e aos poucos vou desconstruindo ele em pequenas ações no dia a dia. A mulher, deve e nunca deveria ter saído da prioridade. Antes de mais nada somos muito maiores do que qualquer adjetivo possa definir.

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