Aposta de Fé
Tenho uma planta há mais de seis anos, e ela nunca havia florescido. Seu caule se feriu não me lembro […]
Tenho uma planta há mais de seis anos, e ela nunca havia florescido. Seu caule se feriu não me lembro […]
Tem dias que eu acordo e não sei quem sou. Agora com uma criança nos braços, criança essa que me faz viver.
No terraço, observávamos também o movimento dos papagaios que apenas ouvíamos em nossa casa. Eles elegiam as antenas para esperar o ocaso, e então buscar um lugar para dormir.
Que nossas vivências e experiências possam sim ser transformadas em gritos através da escrita.
Mães são culpadas por fazer demais, por fazer de menos, por fazer seu melhor, por fazer o que dá às vezes.
Porque ser mãe sendo quem eu sou é também isso: fazer do meu corpo frágil uma jangada. Fazer da minha alma inquieta uma bússola. Fazer da minha história uma travessia.
A maternidade me multiplicou, me povoou, me fortaleceu.
Um diagnóstico médico. Intolerâncias múltiplas: ao amor idealizado; à família idealizada; à maternidade idealizada.
Foi a maternidade que me mostrou, entre alegrias, exaustões e descobertas, que existia em mim uma escritora
Filho querido, essa é a história de sua vida. Uma história de descobertas, de conexão, de dor, mas sobretudo, de muito amor. Você foi um bebê que a partir da descoberta da sua existência, foi muito querido e amado.
Vendo a infância de meus filhos, observei através deles como é a criação divina, como é o pensamento inocente, o vislumbre através de um olhar que vê algo extraordinário pela primeira vez.
Na noite anterior ao apavorante ultrassom morfológico, fui a um show de tributo à Nina Simone. Sempre que escuto suas músicas sou atravessada por uma infinidade de sentimentos, como se ouvisse um rádio cuja frequência traz diversas oscilações. Ambi. Valentes.
Você chegou em uma manhã fria. Um sol de inverno se anunciava no céu, mas pouco esquentava os corpos que andavam lá fora, recebendo o vento cortante e frio.
Acordei perto do meio-dia. Sensação de inchaço no corpo, sinal da menstruação que deve se achegar nos próximos dias, afinal,
Talvez o especial de Ser Mãe esteja justamente no desafio de saber-se com falhas e, ainda assim, seguir tentando.
Este relato é uma escrevivência, no sentido proposto por Conceição Evaristo (2019): uma escrita que emerge da carne, da memória e das dores que marcam a existência da mulher negra.
E, por trás da imagem doce e maternal que projetavam sobre mim, havia uma mulher cansada, perdida, triste, que encarava seu reflexo no espelho todas as manhãs e não se reconhecia.
Eu Primeiro: Quando as palavras me conduzem, Mariana Ferreira – @mariana.literal “Eu primeiro”: quando escrever é sobreviver Essa semana, li
Lemos muito, estudamos muito, ouvimos muito — ou seja, muita informação ocupa a nossa mente (sobrecarga materna, é você?)
Entre olhares da sociedade, uma criança atípica cresce e uma mãe desaparece.
Quando uma criança vem ao mundo é como se todos estivessem prontos para recebê-la, porém a tarefa de ser mãe nem sempre consegue ser incorporada por completo por aquela pessoa que a gerou.
No primeiro dia de Mestrado, na roda de apresentação, falei da minha história e que, provavelmente, iria defender a dissertação com meu filho nos braços. Emoção!
Minha filha, com seus dois anos, já me ensinou mais sobre mim do que todas as minhas experiências anteriores.
Muitos não contam, mas viver é um eterno ciclo de começar e encerrar pactos.
Os encantos da maternidade levaram a um insano equilíbrio entre o caos e a plenitude.
Ser mãe é um mar de sentimentos contraditórios e ambíguos. É ser a fortaleza que também precisa de colo.
Cuidar de meu filho se converte num ato político, uma forma de resistência encarnada.
As mulheres precisam a todo momento reivindicar um teto que seja só seu para escrever.
A gente encontra força na vulnerabilidade.
Costumamos discutir os padrões impostos pela sociedade: sobre corpos, cores, cabelos, gêneros… Mas raramente falamos sobre os padrões impostos às pessoas com deficiência.