Mulheres-mães protagonistas da própria história

As coisas que ninguém me contou sobre “MATERNIDADE”- Por: Evelyn Togni

As coisas que ninguém me contou sobre “MATERNIDADE”- Por: Evelyn Togni

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Em vários momentos durante o meu primeiro ano de maternidade eu pensei “por que ninguém me falou sobre isso…?”.

Agora, na segunda gestação, outras verdades apareceram e outras ainda só se confirmaram!
Eu acho que os conselhos sobre o parto e maternidade deveriam ser passados em uma grande sala, com uma grande televisão (como na escola) onde poderíamos assistir um vídeo com todas as verdades que ficam de fora das aulas de educação sexual, dos posts das amigas de Facebook, da sua mãe, sogra e de todas as outras pessoas!

Um exemplo simples: ninguém me contou que amamentar DÓI MUITO. É sério, dói!
Qualquer doula, enfermeira e afins que diz que não deveria doer, está somente meio certo, pois afinal, ter dor, é sinal de pega incorreta, mas é, inclusive, um sinal de que o seu mamilo está sendo agressivamente sugado pela primeira vez e que, amamentar confortavelmente (para mãe e bebê) leva uma ou duas semanas para ficar mais fácil. Mas eu juro: fica!

E aí, o maridinho pode, enfim, tirar fotos *fofas* de você sorrindo com seu filhote ao invés de estar segurando o choro (no meu caso!…rsss)

Ninguém me contou que TODO MUNDO desejaria te ensinar sobre o seu bebê, com uma opinião PERFEITA é INFALÍVEL, de como alimentá-lo, vesti-lo, chamá-lo, carregá-lo. Vão te perguntar afirmando se seu bebê está com sono, fome ou frio! Vão querer te ensinar como não mimá-los e educá-los e assim por diante.

Ninguém me contou ou ensinou um jeito educado de falar às pessoas que gostam de dar opinião para CAÍREM FORA.
Ninguém me contou também que eu DEFINITIVAMENTE NUNCA MAIS ficaria sozinha novamente. Isso inclui ir ao banheiro, tomar banho e até me depilar. Especialmente quando ficam mais velhos e acham que ver você fazendo isso é algo realmente interessante, torcendo para não traumatizá-los para o resto da vida… hahaha

Ninguém me contou que, quando você se acostuma a sempre tê-los por perto, você sente falta deles durante o soninho da tarde, porque eles são tão fofos, mas tão fofos, mas se eles estiverem se mexendo ou abrindo os olhos, é hora de correr dali. Porque você também preza pelos seus 10 minutos de sossego.

Ninguém me contou que os efeitos da gravidez duram por eras, então, basicamente, a gente se sente grávida ainda depois do parto, ok maridos?! Pesos e medidas, à parte! Humpfff!

Ninguém me contou que comer biscoitos e beber chá seria uma dieta saudável. Porque não é. Mas faz com que você atravesse o dia – então quem se importa?
Ninguém me contou que ter um bebê poderia fazer com que eu odiasse meu marido às vezes. Que, de vez em quando, eu iria preferir um carinho do nosso bebê e que isso pareceria extremamente injusto. Mas, por outro lado, ninguém me disse que ver meu marido brincando/fazendo carinho/ cuidando do nosso bebê iria me fazer querer explodir de felicidade.

Ninguém me contou que, minha libido despencaria pra baixo dos pés e que apesar da vontade, o esforço seria em vão, até porque ao chegar no fim da noite você já cuidou de duas crianças, lavou roupa, fez almoço, varreu a casa, levou o filho para escola, deu comida pro cachorro, passarinhos (…), buscou o filho, pôs a mesa pro jantar, deu banho nos filhos, ajudou no dever, os fez escovar os dentes, os pôs para dormir, enfim… e ainda deveria estar linda e cheirosa! (#SQN) e que apesar de sentir que eu não conseguiria fazer nada disso, que eu não saberia nada sobre maternidade, casa ou casamento, meus instintos não me falhariam. Que admirar o jeito de outra pessoa fazer essas coisas não deveria fazer com que eu questionasse o meu jeito ou fazer com que eu me sentisse a pior pessoa por muitas vezes não dar conta de tudo isso!

Ninguém me contou que seria normal me sentir meio louca depois de ter um bebê. Que sentir-se sozinha, com vontade chorar por nada, sentir estranha e com medo também era normal!

E como ninguém me contou sobre esses sentimentos, eu achava que também não poderia falar pra ninguém, até que descobri com um desabafo aqui, uma leitura ali e um vídeo acolá que outras mães também passaram (e passam!) por essas coisas diariamente. E que um dia, esses sentimentos vão embora e que tudo volta ao normal!

E que também ter essa vida de MÃE vale à pena, porque ver aqueles olhinhos brilhando te perseguindo pela casa pedindo colinho e vendo-os crescer dia a dia tornando-se seres humanos melhores que nós, nos fariam o ser mais FELIZ do mundo!

Autora da arte da e do texto: Evelyn Togni Alves

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