Mulheres-mães protagonistas da própria história

A descoberta de si mesma através da maternidade

A descoberta de si mesma através da maternidade

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Existem diferentes maneiras de se viver a maternidade. Para muitas mulheres a maternidade pode se tornar um peso, para outras ser benção, para outras desafiadora e gratificante … eu vivo ela como um caminho de autodescoberta. 

Quando nasce uma criança também nasce uma mãe e com isso a oportunidade dela conhecer e descobrir a si mesma. Para isso acontecer é preciso que a mãe olhe para si, preste atenção em si, perceba o que está se passando nela enquanto se relaciona com a criança.

O puerpério, esse período delicado e sensível vivido pela mãe, pode ser, por exemplo, um tempo em que a mãe pode conhecer a si mesma ao tomar consciência das suas sombras. As sombras são os medos, pensamentos e crenças que carregamos conosco, porém ficam guardados nos porões da mente (subconsciente). Elas afloram nesse período de sensibilidade e revelam muito a respeito do que somos no âmbito das emoções e dos pensamentos.

Entretanto, se você não conseguiu perceber, tomar consciência ou iluminar as suas sombras no período do pós-parto, isso não quer dizer que não vai mais ter a chance de se conhecer na maternidade.

A relação entre a mãe e o filho é por toda vida, então, em qualquer etapa da sua vida você pode por meio da relação com seu filho conhecer mais de você mesma. Um filho é um espelho e reflete muito do que somos, o que se precisa é ter a sensibilidade para perceber e coragem para admitir isso.

Além disso, um filho faz a gente entrar em contato com nossa criança interior, a criança que outrora fomos e que foi ferida, reprimida, oprimida, limitada, incompreendida. Por exemplo, o choro do nosso filho pode causar incômodo e irritação porque é a nossa criança que não foi acolhida e compreendida. Outro exemplo, a exclusão que um filho pode sofrer em um brincar livre e inocente, dói na mãe porque, na verdade, é a criança que ela foi que sofreu exclusão.

Quando olhamos para isso, começa um processo de cura e libertação que nos aproxima da nossa essência. O filho nos faz ter contato com a nossa criança interior ferida, mas também nos mostra que já fomos a criança alegre, leve, divertida e amorosa que ele é. Ou seja, nos lembra da nossa natureza (essência) divina.

Na maternidade, então, é possível acessar nossas sombras assim como é possível acessar a nossa criança interior oprimida e ferida, bem como a criança divina que carregamos dentro. 

A maternidade, portanto, é um caminho que nos ajuda a se conhecer e se aperfeiçoar como pessoa (ego) e como humana. É um dos caminhos que conduz ao encontro de nós mesmas, ao descobrimento da nossa essência divina, mas esquecida com o passar do tempo. 

Ela é um caminho, mas não o único. Cabe a cada uma de vocês encontrar o seu caminho de autodescoberta, cura e aperfeiçoamento de si para, assim, reconhecer quem de se é de verdade e viver uma vida mais leve, feliz e harmoniosa com os filhos.

Quando se começa a conhecer mais de nós mesmas, a descobrir quem de fato nós somos, iniciamos um caminho espiritual. 


Texto: Tatiana Betanin – @maternidadeeautoconhecimento


Revisado por Daiane Martins.

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