Hoje eu e uma amiga falávamos sobre o brinco ser o primeiro sinal de violência de gênero que recai sobre as mulheres.
Nunca tinha parado para pensar sobre isso antes da maternidade e sei que muitas mães só se deram conta disso após furarem as orelhas de suas bebês. Mas o assunto vem tomando força. Afinal, para que machucar uma criança na intenção de sinalizar que ela é uma menina? Qual a finalidade? Porque sentimos a necessidade de sinalizar para os outros que aquele bebê é uma menina ou um menino através da dor?
Como o mercado não é bobo, começam a surgir os “furos de orelha humanizados”.
ISSO NÃO EXISTE, não existe humanização num furo sem finalidade alguma.
Por aqui, torço que Maria seja o mais livre possível em suas decisões. Se ela quiser furar a orelha em 5 lugares diferentes, não será impedida. Mas esse é o corpo dela e essa decisão será dela.
Maria não é minha, Maria é um ser humano que merece meus cuidados mas também todo meu respeito.
Eu sou a Renata, mãe da Maria, de 10 meses. Escrevo desde os 12 anos e já tive alguns blogs. Parei há 4 anos, mas o nascimento da Maria me fez voltar a escrever e tentar me conectar com mais mulheres através do meu Instagram @reninha_a.
