Mulheres-mães protagonistas da própria história

Uma reflexão sobre maternidade

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A maternidade traz consigo aprendizados particulares que não se encontram em livros, ou faculdades ou mesmo no Google.

É algo intensamente instintivo, animal, voraz, avassalador, entre tantos outros adjetivos que possam demonstrar tal potência.

É como morrer em vida. Ver um eu se esvair e renascer outra, pronta – e também não, para dedicar-se inteiramente a outro ser. Ali você passa a pensar por ele, decidir por ele, viver por ele, sorrir, chorar, planejar, questionar e até mesmo se culpar por ele. 

Muitas vezes a mãe não nasce junto com o bebê, numa sala de parto. Nasce na dura luta do dia a dia, ou pelo amanhecer cansada, mas fortalecida só pelo simples fato do bebê sorrir, ou no entardecer, em que tira forças de todas as vísceras para vencer mais um dia.

Uma mãe se constrói, se remodela, se realinha e se reorganiza a todo tempo. Acho que poderei dizer que sou a mãe do Oliver, inteiramente falando, somente com o findar da minha existência. Porque até lá, já descobri outras mil maravilhas e também dificuldades que mudaram cada decisão e cada ato que defino importante para ele e para com ele.

O único desejo é que ele veja em mim tal construção. Veja que sua mãe estava ali, aberta a errar e acertar. Numa constante evolução da maternidade.


Autora: Ana Flávia Monti.


Este texto foi revisado por Luiza Gandini.

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