Sobre maternidade e filhos

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Por Aline Almeida – @line_almeida

Eles são movimento, agitação, e também são instantes e pausa. São vontade própria. 

Eles querem correr e pular quando se espera que fiquem sentados. E vão se tornar perfeitas estátuas imóveis, quando esperar que se movam. 

Vão falar pelos cotovelos o dia todo, e calar quando pedir que falem algo específico. 

Vão repetir aquela pose por dias, exceto no exato momento em que tudo estiver preparado para um registro.

Vão pendurar no colo e grudar como se houvessem despejado um tubo de super cola entre nós, mas vão ignorar sumariamente todos os chamados quando os quiser por perto. 

Definitivamente, eles não estão aqui para atender expectativas minhas ou de quem quer que seja, e isso é problema nosso, não deles.

Espera-se que aprendam a respeitar, mas suas vontades também devem ser respeitadas. Por que não seriam?! 

Quando a gente se desliga do que esperava que fizessem e se conecta ao que estão fazendo, se abre à surpresa da espontaneidade, aquilo que cativa e encanta a todo instante. Eu vejo. No cumprimento inesperado, no som da gargalhada, em todas as “primeiras vezes”, na súbita vontade de provar aquela fruta que rejeitam há meses, na bagunça, nos olhares e sorrisos durante as mamadas, no brincar, nas particularidades de cada um.

Que eles continuem me surpreendendo enquanto tento os ensinar a superar suas próprias expectativas, atingir seus próprios objetivos e realizar seus próprios sonhos.

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