Ser mãe de gêmeos é…

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Por Simone Brazil | @simone.brazil

Ter filhos gêmeos bebês é se reformular todos os dias com todas as alegrias e esforços que mudanças trazem. É presenciar as mesmas descobertas 2 vezes, no mesmo intervalo de tempo. É acender a “anteninha” de alerta se, neste mesmo intervalo de tempo, um deles se desenvolve rapidamente “no falar” ou “no andar” e o outro precisa de mais tempo. Aí…  

Aí, a gente descobre nessa “loucura” boa, cheia de receios e medos exagerados que, mesmo nascendo no mesmo dia, cada um tem o seu próprio tempo. E presenciar cenas ao vivo “do auto desenvolver-se” é uma lição prática e bruta sobre comparações que Deus nos concede a fim de que guardemos em nosso “saquinho” de experiências e que vamos usufruir por toda a vida. 

Ser mãe de gêmeos é, ao colocá-los para dormir, se ajeitar no meio deles. Mas, também, é aceitar e ceder espaço, quando um decide adormecer e opta por se encaixar pertinho do irmão. E aí dispensa você. 

Ser mãe de bebês gêmeos é, acima de tudo, ser prática. É sentir preguiça do banho de banheira, porque a água não pode ser a mesma. É optar por banhos no chuveiro, desde muito cedo.

É pesquisar na internet posições para amamentar dois e descobrir que aquela almofada de amamentação linda que você comprou no enxoval é pequena e desconfortável. Sim, você ainda não tinha a experiência de hoje. 

Ser mãe de bebês gêmeos é amamentar dois no peito, porém, é conviver, também, com a realidade de complementar com fórmula, simplesmente, porque não se consegue dar conta da demanda ou, até mesmo, porque, caso não tenha rede de apoio, falta jeito para colocar no peito, sem ajuda, dois seres tão pequeninos (muitas vezes, prematuros).

Ser mãe de dois bebês é correr o risco de, ao experimentar algum alimento pela primeira vez, eles trocarem olhares mútuos, ou seja, o feedback pode não ser pra você. 

Ser mãe de gêmeos é, muitas vezes, não saber o que fazer, é não saber a quem atender, é não ter a quem recorrer e, mesmo assim, não desistir de lutar. 

Ser mãe de gêmeos bebês é encontrar no sobreviver, as alegrias do viver. 

Revisão: Luiza Gandini – @lougandini.

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