Mulheres-mães protagonistas da própria história

Relações livres e maternidade | O que aconteceu comigo – Por: Juliana Paixão

Relações livres e maternidade | O que aconteceu comigo – Por: Juliana Paixão

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Quando eu conheci meu ex companheiro, ele me disse que gostava de relações livres e poliamorosas, eu sou o total oposto, disse que poliamor de c* é r****, ele disse que isso não era problema, porque ele era adaptável a cada pessoa que se relaciona.

Com quase um ano de relacionamento ele fala que não aguenta mais “Ficar” só comigo, que ele precisava conversar com outras mulheres (flertar) beijar, transar, que isso era dele e que não estava mais conseguindo segurar.

Eu repeti a frase e sugeri que terminássemos, pois eu não tinha maturidade, nem sei se é essa palavra, mas não me achava apta pra tal relação.

Ele falou que isso era muito pouco para terminar nosso amor, que era tão lindo, tão forte, tão transcendental, eu deveria experimentar se não desse certo voltaríamos à forma anterior, que ele iria ter paciência, respeitar meus limites e me amar muito mais… Eu aceitei.

Quando eu engravidei, hormônios brotaram ate dos meus folículos capilares, pedi para darmos um tempo nisso, somente até depois do bebê nascer, para que eu pudesse curtir a gestação com ele, somente com ele, em paz!

Mas paz foi a única coisa que não tive, ele não aceitou, continuou com tudo, me vi obrigada a continuar para poder colher migalhas de atenção e tesão e ainda por cima encontrar pelas idas e vindas de aplicativos homens fetichistas que ora queriam mexer na minha barriga, ora queriam fazer o companheiro de “corno”.

Mulheres que conheci na sua maioria são sexualizadas numa espécie de bissexualidade compulsória,

pois antes não tinham vontade de ficar com outras mulheres, mas afora ficam pra ter os ménage by Xvideos a qual todos os homens anseiam que são o MHM, mesmo tendo vários que se achem o máximo da desconstrução em HMH na realidade o tesão deles está em ter sexo com a mulher de OUTRO, como o OUTRO vai estar, ver ou ficar, no meio Poliamoristiso e etc. O falocentrismo é muito grande nessa tribo.

Depois de quase 2 anos longe desse negócio, me vejo muito mais liberta, muito mais feliz com meu corpo e minhas escolhas, minha liberdade de escolher quem pode me tocar, não para provocar tesão em alguém, mas sim pelo meu tesão, não compartilhar energia com quem é ruim de coração (E isso aconteceu MUITO).

Gestação era pra ser um momento de reflexão, carregamos outra vida, que no meu caso foi muito desejada, muito amada, mas infelizmente totalmente tumultuada por escolhas péssimas.

Tudo que foi escrito tem como base a minha vida, se pra você é diferente, sinta-se privilegiada, ou cega, mas cabe a cada um saber a posição que está.

AUTORA:

Juliana Paixão, estudante de fotografia, Mãe solo do Theodoro, 28 anos, ariana

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