Mulheres-mães protagonistas da própria história

Procura-se vagas para mães

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Estou há sete meses tentando voltar ao trabalho e até agora não recebi nenhuma ligação, nem aquelas padrões de RH. Inevitavelmente comecei as especulações do motivo por trás desse silêncio: “ah, era fim de ano”, “depois do carnaval melhora”, “teve muito feriado esse mês”. Até que me deparei com esse post sobre “Mães e Trabalho” deste perfil e vi que qualquer semelhança não é mera coincidência.

Qual é a preocupação em contratar uma mãe? Aposto que qualquer uma carregada de preconceito, julgamento e machismo. A velha história de que agora a gente só pensa no filho, vai faltar muito, fica meio desligada e perdeu o ritmo.

Uma mulher que resolve pausar sua carreira após a maternidade pode ter inúmeros motivos que, pasmem, pode não ser especificamente a chegada do filho. Talvez ela já tivesse de saída e o bebê só empurrou, literalmente, para fora. Além disso, todo profissional tem o direito (em seu lugar de privilégio) em dar um tempo para ajeitar algo que não vai bem.

Quando decidimos voltar para o trabalho é porque queremos, estamos seguras de si e acreditamos cada vez mais na nossa capacidade. Segura minha autoestima aí porque ela está lá no alto! Por quê?

Porque as competências que uma mãe desenvolve passam por empatia, resiliência, autogerenciamento e gestão de tempo. Interessa para vocês, empregadores?

Sim, esse texto deveria ser um artigo de LinkedIn, mas aquela rede social não está preparada para essa conversa.

Gisele, estamos juntas e vamos manter nossos filhos nos CV’s porque omitir só vai fazer a gente perder tempo com entrevista em empresa que pergunta “quem vai ficar com o bebê enquanto trabalha?”.

📷 Post “Mães e trabalho” publicado em 13/05/22 no perfil @maesqueescrevem.


Autora: Larissa Mota Omori – @alariescreveu
Texto revisado por Luiza Gandini.

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