POESIA | Cativeiro

Compartilhe esse artigo

Tenho medo
Da poesia
Despida escorrego
Na rima
Essência limite
Estilhaço inconsciente
Debate-se entre os dentes
Entranha ascendente
Acolho os sentidos que me escrevem
Fisgo no olhar inocente
A amarração mágica
Audácia,
De uma escrava das palavras
Obcecada por ideias
Personagens, ritmo, enredo
Me cegam
São fantasmas que amaldiçoam
Se não colocar no papel
Te acompanho mais um pouco
Transfiguro o verso lido ao avesso
A ideia-palavra é
Feito lava
Quase fogo
Vira pó
Fisga depois
O nada
Na mente, se desbrava
Feito ideia-fixa
Acolhida em outros corpos
Sinergia de
Pensa-movi-sentimento
Na pele a envergadura
Do chicote, estala
Eterniza a covardia
Metalinguística do tempo
Inelutável
Transbordo agradecimento
Na palavra
Morro ou enlouqueço.

Autora: Adna Rahmeier – @esquinadarima / @adna.rahmeier

Compartilhe esse artigo

Leitura relacionada

Últimos Artigos

Deixe um comentário