Mulheres-mães protagonistas da própria história

Os filhos estão órfãos   

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No período pós-pandemia, o ambiente escolar tem recebido diversos alunos com crise de ansiedade, depressão, hiperatividade, isolamento… 

O espaço escolar pela diversidade de pessoas, de condições econômicas, familiares, afetivas, religiosas…é um espaço difícil de lidar. São tantas questões trazidas pelos alunos, que no período pós-pandemia muitos professores não estão dando conta dessas questões sozinhos. 

Neste momento estou falando da escola pública.  Embora essas questões tenham ocorrido no ambiente escolar indistintamente. É o que aponta a literatura especializada.             

Neste instante, estou falando da minha prática, mais precisamente do ensino fundamental II. Há uma grande inquietação dos discentes que lidam com essa nova realidade. Os pais não percebem que seus filhos não estão bem? Ou estão fingindo que não estão vendo? Estão abrindo mão da própria responsabilidade?

O docente da escola pública não dispõe, na maioria das escolas, de apoio psicológico nem para ele, nem para os alunos. E o que fazer com esses alunos em sala?        

Todos os dias vários deles precisam ser retirados da sala para atendimento, quer seja por um professor, coordenador, diretor, quer seja pelo médico do SAMU que tem que ser chamado às pressas na unidade escolar.

E nessas conversas informais percebe-se que todos esses transtornos psíquicos sociais sofridos pelos alunos têm questões familiares por trás: alienação parental cometida pelos cônjuges, ausência física do pai ou mãe, ausência afetiva, desemprego, duplicidade de famílias, questões econômicas, drogas lícitas e ilicitas, pedofilia, violência doméstica…

Os pais, ainda que estejam sobrecarregados com seus problemas pessoais ou conjugais, precisam ter tempo para os seus filhos. Mesmo que seja o tempo mínimo para comer pipoca, tomar sorvete, falar sobre a vida, religião, esporte, literatura, política… há tanto para se falar e ouvir. No entanto, isso requer tempo e disposição.

Os pais não percebem, mas seus filhos estão órfãos de pais vivos.

Por: Maria das Graças Rocha – @mariadasgracas.rocha.9
Revisão: @elasoqueriaescrever.

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