Por Luciana Queiroz – @coloniadobrincar
A caixinha de BAND-AID sempre estava comigo dentro da bolsa, no carro ou na gaveta dos remédios dentro de casa.
Agora, o BAND-AID não é mais meu!
Os pequenos machucados do dia a dia já não são mais comunicados como antes.
Quando vi, o curativo já estava pronto no seu dedo, aguardando apenas o tempo para cicatrizar.
Ela não correu para mim.
Ela não correu de mim.
Ela resolveu por si e nem pediu beijinhos “pra sarar”.
A adolescência chegou e com ela a independência para resolver as pequenas feridas (físicas e emocionais).
Dá uma sensação de não ser mais tão importante na vida dela, mas também posso pensar que, na sua independência, está a segurança e a confiança que foram construídas durante a infância, ao meu lado.
Não fiz o curativo, mas com certeza estive presente na sua atitude de se sentir confiante para resolver por ela mesma uma ferida que estava na medida certa da sua capacidade de cura.
A independência vai acontecendo também para as feridas emocionais, e o mais importante é ela saber que, quando for maior que a sua medida, estarei sempre presente para acolher e orientar nos momentos dos “machucados” da vida.
A mãe do BAND-AID vai saindo de cena, e o meu maior papel agora é o de validar o protagonismo e a independência da minha filha adolescente em direção à defesa, ao bem, ao cuidado e à superação da própria vida.
O BAND-AID não é mais meu!
Revisão: Angelica Filha – @angelicaafilha.