Mulheres-mães protagonistas da própria história

COLUNA | A criança que se sente capaz

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Ninguém se desenvolve isolando-se do risco. A autoconfiança, a capacidade de vencer o medo e arriscar-se vêm por meio da interação com o ambiente e pela exploração dos limites. Quem nunca viu uma criança subindo o escorregador pelo outro lado, enquanto dizemos para ela: “não vá por aí, suba a escada!”? Talvez, em momentos assim, o que a criança esteja querendo nos comunicar é que gosta (e precisa) de desafios.

Restringir a criança ou Impedi-la de testar essas possibilidades pode fazer com que veja as situações da vida como perigosas ou inseguras. Assim, ao invés de se desafiar e evoluir, ela pode se tornar alguém que não tenta, não se arrisca, não tem iniciativa.

Uma boa forma de encorajar a criança é valorizando o brincar livre, permitindo que ela faça escolhas, assuma riscos, seja protagonista. Testar os limites do corpo e explorar as diversas possibilidades de interação tem o potencial de contribuir para o desenvolvimento não apenas físico, mas também socioemocional, impactando positivamente na construção da identidade e no senso de autoeficácia, favorecendo a percepção que a criança tem sobre si mesma.

É lindo na teoria, mas na prática nem sempre é fácil. Quem vê uma criança com autonomia e confiança as vezes não imagina o trabalho interno que o adulto que a acompanha precisa fazer. É um exercício diário aprender a abrir mão do controle e assumir que aquele serzinho que até ontem dependia de você pra tudo, agora já faz suas próprias escolhas.

Educar para a autonomia é um dos grandes desafios da maternidade, pois é costumeiro, fácil e prático fazer pela criança. Nos poupa tempo e esforço. Por outro lado, alguém que experimenta autoconfiança desde cedo na vida certamente se torna um ser humano que voa mais alto e longe.

Enquanto adultos, sentimos medo, preocupação, queremos proteger. Mas, ao confiar na criança, estamos “dizendo” que ela pode tentar, pois estaremos ali caso ela precise. E isso pode ser suficiente para que ela se sinta segura, pois sabe que pode, que é permitido tentar.

Ela se sente capaz!

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