A maternidade é um lugar de grandes exigências. Mulheres são incentivadas a buscar excelência na criação de suas crias sem descuidar de outras áreas da vida.
Nos indicam estudos sobre desenvolvimento infantil, cursos de modelos parentais infalíveis, listas intermináveis do que é essencial para cada idade. Além do autocuidado.
Mulher, se cuide, tenha um tempo para si, namore, se divirta, estude, trabalhe.
Quanto mais conhecimento, mais adoecedora está a maternidade, afinal, ser “boa mãe” é cada vez mais difícil.
Tantos avanços e continuamos exigindo de mulheres mães ações que muitas vezes competem à paternidade, à comunidade ou ao poder público, as deixando cada vez mais sobrecarregadas, culpabilizadas e adoecidas.
O acesso à informação deve estar a serviço da qualidade de vida, não da opressão. Avanços científicos e tecnológicos deveriam levar a mudanças na estrutura social, em busca do bem-estar de toda população.
Contudo, se tratando de maternar, mais se responsabiliza mulheres que permanecem fazendo sozinhas um trabalho que é coletivo e social e sentindo-se culpadas por não dar conta de tudo.
Cuidar de quem cuida ainda é só um slogan bonito, mas deve ser prática e responsabilidade de toda a sociedade.
Se desejamos práticas respeitosas, afetivas e saudáveis na formação de crianças e adolescentes, devemos começar garantindo que mulheres tenham respeito, afeto e saúde para maternar.
Revisão: Gisele Sertão – @afagodemaeoficial