Mulheres-mães protagonistas da própria história

Meu Valor – Por: R.

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Eu queria poder dizer tudo. Tudo que doi ouvir de você.
Escutei que não sou boa pessoa. Que não sei me expressar. Mas não sabe ficar quieta quando deve.
Escutei que não sou confiável, que não presto. Não sou sensível.
Que não sou boa como mulher e não causo tesão como deveria.
Não me importo com a casa ou com os filhos. Sempre exagero no cuidar. Também não me interesso como foi seu dia de trabalho.
Escuto que não te apoio nas suas aventuras. Não ligo para os seus sonhos e projetos e nem para as corridas da vida.
Não estou aí para o que você pensa, não te respeito. Nunca te respeito.
Não apoio as suas compras com seu próprio salário.
Não cuido de você quando está doente ou quando é só uma dor de cabeça.
Escuto que não deixo passar coisa pequena ou grande. Não sei conversar sem brigar.
Não posso falhar, não tenho esse direito.
Não mereço o que tenho e tudo o que conquistei com meu trabalho.
Escutei que não posso ter passado, não vai esquecer dele.
Não sou inocente e sou única culpada.

Sou condenada a ser tudo isso para sempre por uma pessoa que é completamente imperfeita.
Porque se fosse perfeita, seria capaz de ver além de todos os “não’s” desse texto.
Leia de novo sem eles e verá quem eu realmente sou.
Eu tenho valor, mas você não vê.

Autora: R.

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