[Eu te odeio]
Sei que faz parte.
[Mas eu te odeio]
Hormônios descontrolados, lágrimas infinitas e mente perturbada.
[Mas eu até te entendo]
Me permite vínculo com a minha bebê e me mostra o quanto fui, sou e serei forte por nós.
[Mas cada erro corrói]
Mesmo sabendo que não sei muito, o mundo me programou para supor que sei e acreditei nisso.
[E dói]
Errar sempre doeu, mas agora dói mais.
Impotência é uma palavra recorrente.
[Péssima mãe]
Minhas lágrimas pingando nas bochechas da minha bebê, enquanto amamento ela, fazem com que eu questione toda uma vida.
[Sou falha]
Tento negar, tento ser melhor, mas lembro que sou ser humano e falho mais uma vez.
[Respiro]
E sigo para o trabalho, com culpa, mas querendo uma vida melhor para nós duas.
O romance deixo para os livros, já que minha filha chora por causa da cólica. Enquanto embalo até às 4h da manhã, me arrasto para a cama, pois amanhã acordo cedo para ativar a terapeuta que ainda habita em mim.
Por: Suellen Mossi – @psi.suellenmossi
Revisão: @lougandini.