Essa frase tão corriqueira e usada por tantas mães traz uma responsabilidade tremenda com ela.
O que é, nos dias de hoje, criar um menino, que futuramente será um homem?
No mundo machista e sexista em que vivemos, ser mãe de um homem é algo realmente incrível. Eu acredito que a maior mudança que podemos oferecer ao mundo é a criação de nossos filhos, como pessoas justas, honestas, boas e sensíveis. E, nessa criação, nós somos o exemplo.
No fundo, eu sempre acreditei que fosse ser mãe de menino primeiro. Desde que engravidei sabia que era Bento que habitava meu corpo. E, no dia que confirmei isso, entrei no carro e falei com meu marido: “que responsabilidade a nossa, de criar um homem dentro desse mundo.” – chorando, eu me vi com a maior responsabilidade que já tive em toda minha vida.
Depois de tantas histórias familiares, tantos relatos de amigas, tantas vivências pessoais e manchetes de jornais, eu sei a importância que é criar um homem minimamente honrado e justo, nos dias de hoje. E, para isso, trabalharei dia após dias.
Eu sempre acredito que, em parte, também é responsabilidade nossa – das mulheres que criam seus meninos – a perpetuação do machismo, quando nós mesmas alimentamos isso com pequenas atitudes diárias. Frases como: “esse vai me dar trabalho.”; “segura suas cabras que meu bode tá solto.”; “o terror das novinhas.” Tudo isso alimenta essa cultura que coloca nós mesmas e nossas filhas num lugar de inferioridade e machismo explícito. Eu quero e vou fazer diferente.
Como mãe, é minha responsabilidade – junto ao meu marido – criar um homem sensível e verdadeiro. Um rapaz justo e questionador, que saberá exatamente como se deve tratar e cuidar de sua parceria (seja lá de qual gênero ela for, porque o machismo respinga em tudo a sua volta).
Fico imensamente feliz em poder contribuir para um mundo menos machista, colocando nele, homens e mulheres que sabem exatamente seus lugares e sua importância na luta contra qualquer tipo de descriminação.
Mãe de menino, mãe de homem, mãe de um futuro melhor.
Por: Hannah de Melo dos Santos – @soumaternando
Revisão: @lougandini
