Mulheres-mães protagonistas da própria história

Durante o puerpério, não sabia mais quem eu era ou o que tinha que fazer

Durante o puerpério, não sabia mais quem eu era ou o que tinha que fazer

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Durante o meu puerpério, não sabia mais quem eu era ou o que tinha que fazer, por vários dias só segui “existindo” e olha que tinha uma rede de apoio muito boa. Mas no 6º dia de vida da Laura, tive que passar a manhã sozinha com ela e surtei, não aguentava mais viver aquilo ali, queria sair correndo mas me sentia presa porque não podia sequer fazer xixi já que não podia soltar ela (e ainda não tinha adquirido a desenvoltura de fazer xixi com um bebê no colo que logo depois adquiri).

Era uma sensação de aprisionamento que às vezes dava espaço para a felicidade de tê-la ali, vivia em um looping de emoções, foram dias intensos.

Será que dá para se preparar para o que está por vir?

Não sei, não sei como vai ser a sua experiência. Mas se você também se sentir surtada, sem identidade, querendo fugir mas ficar, saiba que não é a única, que muitas mulheres têm esses sentimentos e não falam nada porque não é socialmente aceitável que ela se sinta assim após ter o seu bebê. E isso não tem a ver com nível de amor ou felicidade pelo bebê. Tem a ver com renascimento! É preciso deixar uma parte morrer para que nasça outra muito melhor e esse renascimento DÓI. É um caminho sem volta mas que vale a pena ser percorrido!


Autora: Caroline Borges, mãe da Laura de 1 ano e 4 meses. Instagram: @carolamamenta

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