Quem nunca falou essa frase que atire a primeira pedra. E deixa eu adivinhar: era um momento de exaustão? Isso já quer dizer tudo!
Eu já falei ela algumas vezes até que parei e refleti: será que eu não nasci pra ser mãe ou eu só odeio a carga que depositam em mim por ser mãe? Será que eu não nasci pra ser mãe ou só odeio ter pouca rede de apoio e amparo de políticas públicas pra poder performar na vida de uma forma mais livre? Será que eu não nasci pra ser mãe ou só odeio ter que ser a maior responsável por planejar e executar muitas e muitas demandas do meu filho?
E eu te convido agora a pensar em tudo isso também.
Não é justo que nos coloquemos nesse lugar menor. Como se ser mãe fosse algo grandioso – e é – e nós que não somos aptas pro papel. Afinal, o que é ser apta pro papel de mãe? É ser a virgem imaculada que é pura, santa, calma, não se estressa e é perfeita?
Porque é esse modelo que introjetaram na nossa cabeça e por isso nós nunca vamos alcançá-lo. Se não nos permitirmos desconstruir esse molde social em nossas mentes, jamais vamos nos sentir aptas.
Então te convido agora a perceber que o cansaço e momentos de exaustão não definem a tua maternidade e não definem você enquanto mãe. Às vezes ser mãe nos coloca em situações desumanas e precisamos deixar tudo que somos de lado pra nos doar pros nossos filhos. E isso, minha amiga, isso cansa a alma!
Então não é você ou não sou eu que não nasci pra ser mãe, é o sistema e todas as nossas crenças que precisam mudar sobre o que é ser mãe.
Porque ser mãe é ser real. E sobretudo ser a mulher que somos antes de mais nada.
Revisão: Luiza Gandini – @lougandini.