Mulheres-mães protagonistas da própria história

COLUNA | Adolescência: a prévia do relacionamento com uma filha adulta

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Ser mãe não tem data de validade. Logo, a maternidade não acontece somente durante a infância da filha. Seguimos sendo mães na sua adolescência, também na vida adulta, e, desejavelmente, até na velhice dela. Isso quer dizer que, depois de aproximadamente dez anos com a rotina dos fins de semana preenchida com festas dos colegas da escola, teatro infantil e outros programas relacionados à pequena, é necessário reinventar a forma de exercer a maternidade quando a filha passa a cumprir sua agenda com relativa independência.


Nessa fase, surge naturalmente o questionamento: o que eu gostava de fazer antes de ser mãe? Quais atividades deixei de fazer para acompanhar a infância da minha filha? Pode ser difícil descobrir o que fazer com tanta liberdade, depois de tanto tempo condicionada a deixar as próprias vontades em segundo plano. A nova realidade permite não estar em casa sem a necessidade de providenciar alguém para tomar conta da cria. Diante de um leque tão grande de possibilidades, pode ser desafiador escolher o que fazer.


Além disso, é importante buscar reformular também a forma e o momento de convivência com a filha. Se o contato não se dará mais na rotina de eventos infantis, quando e como acontecerá? Que horários podem ser compatíveis entre as duas agendas: a minha e a da minha filha? Que interesses temos em comum? Que atividades podemos ter prazer em fazer juntas? Como atrair minha adolescente numa fase em que sua prioridade é o grupo de amigos?


Dizem que a síndrome do ninho vazio acontece quando a filha cresce e sai de casa, mas a verdade é que o início é bem anterior a isso. O começo do ninho vazio remete ao fim da infância, junto da gradual conquista da independência pela filha. Ela está crescendo, e aí? Como a mãe pode se preparar para a nova fase? Qual a melhor forma de se adaptar ao que vem pela frente? As respostas são diferentes para cada mãe, para cada filha. Ainda assim, é consenso de que o relacionamento construído até então pode influenciar o que vem pela frente. Analogamente, o relacionamento que for estabelecido durante a
adolescência também tende a ter desdobramentos na etapa seguinte. Que o relacionamento com uma filha adolescente não se resuma ao luto da infância dela, mas sim ao nascedouro de uma relação madura que um dia unirá dois adultos.

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