Mulheres-mães protagonistas da própria história

COLUNA | A infertilidade custa caro

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É isso mesmo que você leu! A infertilidade custa caro. Custa financeiramente, porque investir em um projeto onde não se há garantia de retornos é pesado, principalmente para aqueles que na busca desse sonho gastam as economias de uma vida.

Custa caro emocionalmente, porque viver uma rotina de exames, procedimentos, injeções, consultas médicas, é exaustivo. Custa caro para a autoestima ver pessoas engravidando com a maior “facilidade”, alguns nem desejando uma gravidez, enquanto outros suplicam por ela.

Custa caro ainda para o casamento, porque quando você não se sente seguro com a relação tem, a infertilidade se torna mais um fator de ansiedade. E, muitas vezes, nesse projeto de gravidez, pode acontecer em algum momento, de não saberem mais qual o motivo de desejarem filhos, porque se perdeu o diálogo, a honestidade, a vontade, pois conversar sobre o assunto pode ser “desagradável”. Então vocês ficam nesse propósito de ter filhos, porque aparentemente era o que queriam. A infertilidade dói, porque raramente é um acontecimento esperado por um casal.

Nós vivemos em um mundo, em que a cultura direta ou indiretamente, pressionam os casais a terem filhos. E julgam os que não querem como egoístas. Então, os casais que não conseguem, acreditam ficar em dívida consigo e com a sociedade.

Semanas atrás a influenciadora Gabriela Pugliesi, publicou um vídeo contando sobre a sua separação e mencionou a luta que eles viam tendo a mais de um ano contra a infertilidade:

“Eu tentei engravidar durante um ano e três meses, com tratamento, fiz inseminação, usei muitos hormônios pra induzir ovulação, fiz fiv (fertilização in vitro), foram muitas tentativas, todas frustradas (…) e eu vivia cada dia pensando que faltariam tantos dias para algum resultado, a minha vida se resumiu a isso. Eu não dividi isso com a minha mãe porque minha maior alegria seria contar para ela o dia que eu estivesse grávida, mas como eu sempre achava que seria no próximo mês eu acabava vivendo isso sozinho e com o Erasmo do meu lado que também queria muito ter um filho.

Esse não é um processo fácil, mas não precisa ser doloroso. O acompanhamento de um Psicólogo Obstétrico é muito oportuno nessas situações. Porque quando uma área da sua vida não está bem, todas as outras adoecem juntos. E a sua vida não precisa se resumir a essas tentativas frustradas.

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