Mulheres-mães protagonistas da própria história

COLUNA | A balança da mãe expatriada

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Viver e maternar no exterior é como ter a vida na balança.

Uma balança delicada e que ao menor movimento pode colocar anos de experiências e dedicação em cheque. Nada te prepara para o que estar por vir.

Logo de cara nos deparamos com uma nova língua, uma nova cultura, uma nova forma de viver que nunca havíamos pensado ter. Não interessa o quanto tivemos tempo de imaginar como a vida longe de casa seria, nunca é possível de se imaginar como ela será de verdade. Não é nem melhor, nem pior, apenas real. O que não é necessariamente algo ruim.

Então nascemos como mãe e junto à esse novo papel passamos a acumular e a conseguir observar  diversas novas funções e problemas diante dos novos desafios. Disparadamente o maior desafio de morar longe de casa sendo mãe e pai e vivendo no exterior é a falta da rede de apoio. Não podemos sair para jantar, cinema nem pensar e uma coisa que ainda dói mais do que tudo isso: a falta de interação dos filhos com os primos, avós, tios. Ver seu filho crescendo num ambiente solitário pode doer profundamente no coração de uma mãe preocupada.

Por outro lado, há também o outro lado da balança no qual nos vemos livres de quaisquer amarras de criação. Estando longe (quase) não ouvimos palpites ou temos de nos preocupar com o fato de estar agradando alguém com nossa criação. Uma vez li uma frase que mesmo antes da maternidade me marcou muito e para mim faz muito sentido: “Nunca fui tão livre como quando morei no exterior”. Poder ser quem você deseja ser longe de qualquer julgamento é realmente libertador. Ainda que aqui ou ali se ouçam críticas, dificilmente terá vindo de alguém que para você realmente importa.

Outra questão muito importante sobre o viver fora é poder mostrar o mundo e novas culturas aos filhos. Como estar no meio de um país tão diferente do seu é sim de uma riqueza inenarrável.

Como mães vivendo fora, não é um “trabalho” tão solitário quanto parece. Temos uma grande rede de outras mães convivendo conosco a cada esquina. Se não outra brasileira, com certeza uma mãe expatriada de qualquer outro lugar do mundo que se sente, de uma maneira muito semelhante ao que você mesmo sente.

Por isso, vivamos a beleza de sempre estarmos dando o nosso melhor para balancear todo os desafios e as oportunidades que se descortinam por detrás da aventura que é morar longe de casa.

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