A placa-mãe deu à luz o pequeno Arduino
Ele pele, carne, osso.
Ela de fios até o pescoço.
Ele voz, instinto, fome.
Ela não conseguia dar-lhe um nome.
Percebeu que deu origem a um receptor universal,
Como pôde botar no mundo algo tão original?
Seu decodificador rotativo procurava nele plugs e entradas USBs
Mas a placa “matriarcal” de membranas fracas nada pôde ver.
Seu sensor de distância ultra biônico deu defeito
Mantendo-a cada vez mais perto daquele sujeito,
Que chorava, dormia, sorria… Se mexia sem sensores.
“De onde vinham os movimentos? De onde vinham aquelas dores?”
Tateando o Arduino em busca de explicação,
As veias quentes do menino deram um choque em sua mão.
Curtos-circuitos ativos provocaram-lhe um clarão:
“Se esta vida veio de mim, será que eu já fui assim?”
Os eletrodos funcionavam em partes dantes amortizadas…
Pelo eletrônico fora poupada, mas sutilmente capturada.
Aquele ser tão perto e tão distante, pequenino e ofegante não era só receptor.
Por trás dos poros escondidos havia um capacitor.
Quando seus dedos de placa fria lhe tocaram o coração
Arduino ganhou LEDS. Ela, pele na mão.
Percebeu logo o perigo. Os choques da relação poderiam trazer dor…
Precisava urgentemente de um potente repositor
Para voltar a virar gente
E pegar a chave tátil deste amor.
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Autora: Por Vivian Riodades – @vivianriodades
Revisão: @tevejomae