Muito se fala sobre amamentação e do quanto ela é importante para o desenvolvimento do bebê. Depois do nascimento, logo após os procedimentos médicos, o bebezinho é entregue para a mãe e a expectativa é que ele mame no mesmo instante, nós idealizamos aquelas cenas de novela onde o recém-nascido já começa a sugar o peito da mãe no mesmo instante, e ela está ali com o olhar feliz fornecendo o alimento para seu filho. Sim, é tudo muito lindo nos filmes e novelas, porém não é tão simples quanto parece ser é preciso desconstruir tudo aquilo que foi idealizado sobre esse tema para que não haja tantas frustrações.
A sociedade e a mídia frisam sobre o aleitamento materno, o que é muito importante é claro, porém não se deve empurrar goela abaixo esses “padrões” e “imposições” como se somente a mãe que amamenta faz o melhor para o seu filho, e não é bem assim. A maioria das mulheres deseja amamentar, porém não são todas que conseguem, pois as dificuldades são muitas até que se consiga alimentar o bebê sem dor, e cada mulher sabe até onde vai o seu limite, a mesma não deveria ter que lidar com opiniões e palpites alheios nessa fase tão particular e sensível, mas infelizmente falta bom senso em muita gente. O importante é que o bebê seja alimentado não importa se de um jeito ou de outro, e não se deve culpar a mãe por não conseguir atender às expectativas lá atrás idealizadas.
Como se não bastasse essa cobrança para a amamentação, existe também a cobrança pelo desmame. A amamentação é um processo muito difícil e exaustivo, mais difícil ainda é se desligar dele, não é só o bebê que se apega ao peito, a mãe também se apega a esse momento com seu filho. Assim como houve sofrimento no início, se desligar da amamentação também é doloroso, mas cabe somente mãe decidir quando é o melhor momento para o fim desse ciclo.
Seja qual for a escolha dela, a opinião dos demais não deve ser levada em consideração, afinal é ela quem está nas madrugadas em claro com seu filho, mesmo que insistam em dizer o contrário, ela tem feito o seu melhor e deve se orgulhar de cada obstáculo vencido nessa maratona chamada maternidade.
Este texto foi revisado por Arícia Oliveira.