Em você mergulhei integralmente
Não ficou nada de fora!
Pulei de cabeça nesse precipício inexplorado
Tive/tenho medo e insegurança
Entre titubeios, meus pés caminham
Embora muito e há tanto desejasse, não me sentia capaz de viver/ser o infinito que cabe dentro dessas letras: MÃE.
Como eu iria dar conta e saber cuidar de você meu grande amor?
Me sentia tão pequena diante da grandeza que crescia em meu corpo, em minha alma e em meu coração.
Mas, quanto mais eu me permitia adentrar nesse abismo, mais eu me elevava.
Mais eu crescia
Mais eu voava
Mais eu me expandia
Mais meu amor transbordava
A maternidade para mim é esse mergulho profundo, nos fios existenciais que tecem a trama entre quem eu sou e quem eu posso ser.
Ahh! E como a gente pode ser tão “mais”, a partir desse mergulho profundo!
Mais paciência, mais sensibilidade, mais atenção, mais cuidado, mais escuta, mais entrega, mais sorrisos, mais chamego, mais criatividade, mais fortaleza, mais coragem, mais esperança, mais intuição.
Ainda que menos sonecas também é menos preguiça, menos impulsividade, menos solidão, menos tristeza, menos angústia, menos desperdício de energia investida onde não vale a pena.
Toda revolução mobilizada, por eu mergulhar nessa profundeza, é impulsionada por uma força e um amor inexplicável. Um território que eu nem sabia que existia em mim e nem sonhava que pudesse vir a me compor.
E assim, dia após dia, sigo me “parindo” neste aprendizado infinito de me reconhecer incompleta, imperfeita e inacabada, ou melhor, humana!
Sigo sendo lapidada pelas descobertas sensíveis e transformadoras de cuidar, zelar, proteger e me entregar para a parte mais importante de mim: meu filho!
Desse mergulho na maternidade emergiu a minha melhor e mais feliz versão. Sigo me encantando por ela e por todo renascimento que ela representa.
Texto: Meu nome é Beatriz e sou mãe do Théo, meu amorzinho de 1 ano e 3 meses.
Instagram: @bia.cacador.
Revisado por Cristiane Araujo.